terça-feira, 30 de novembro de 2010

Coquetél Party




Coquetél Party é o tipo de recepção mais usado em lançamentos de marcas ou produtos, aberturas de lojas e empresas, exposição de artes etc. Também pode servir para uma pequena celebração. É o mais sociável e descontraído tipo de reunião social e tem duração cerca de 1 hora. Quando realizado durante a semana, após o expediente, recebe o nome de Happy hour.

O convite deve ser enviado com 2 a 3 semanas de antecedência, e pode-se marcar no convite horário de início e término. Geralmente não se confirma a presença mas pode-se solicitar o "regrets only" ou seja, a impossibilidade de comparecer, indicando um número de telefone para contato.

O traje é esporte fino: calças ou vestidos curtos e sapatos de salto para mulheres; camisa de manga curta ou longa, sem gravata para homens. Dependendo do motivo do coquetel , lançamento de uma nova coleção de uma boutique, pode-se caprichar no visual, com um pouco mais de cores na maquiagem e acessórios.

O tipo de serviço é volante, com os garçons transitando entre os convidados, sem mesas e sem cadeiras, apenas aparadores para copos. O Serviço volante sugere menos formalidade e protocolo e permite-se o uso de guardanapos de papel. Os convidados são recebidos com "finger food" (comer com as mãos), sendo essencial disponibilizar muitos guardanapos. Sugere-se um garçom para cada grupo de 20 convidados que servem apenas alguns drinks e canapés.

O informal é um progresso no relacionamento entre as pessoas embora existam regras. A evolução comportamental fêz do formalismo um ato excepcional, criando um senso de igualdade, permitindo aproximação das pessoas. É um tipo de evento que permite criar relações sociais e profissionais, por isso pode-se trocar cartões de visita para posteriores contatos, pois um happy hour é do tipo 4 S: Surgir, Sorrir, Saudar e Sumir...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A arte de presentear e receber presentes


Presentear alguém é uma demonstração de apreço, carinho, gratidão e consideração; e não há quem não goste de ser presenteado. A arte de presentear está em fazer com que as pessoas se sintam prestigiadas e queridas, no entanto, a escolha do presente deve envolver certo cuidado; um presente pode estabelecer um relacionamento, enfraquecê-lo, transformá-lo e até extinguí-lo. Cada presente que você oferece torna-se uma extensão do seu gosto, do seu interesse, da sua posição social e de sua personalidade.

O presente pode acrescentar um sentido maior a um romance, levar alegria e aquecer celebrações, por
isso, o presente ideal é aquele bem escolhido que marca a sua imagem e como você gostaria de ser lembrado. Existem presentes que são originais e agradam a quase todos os gostos como guardanapos personalizados, saca-rolha elegante, toalhas de rosto bordadas, aromatizador de ambientes, cabides sofisticados, livros de receitas, licores ou bombons finos.

De acordo com a psicologia, os presentes podem despertar complexas emoções e um mesmo presente pode ter
significados diferentes para quem o recebe. Alguns presentes podem revelar emoções negativas em quem recebe, o que se torna embaraçoso. Existe uma regra social que sugere não presentear estranhos bem como não oferecer presentes caros a quem não conhecemos muito bem. Nas situações profissionais nunca se deve oferecer um presente durante a conclusão de um negócio. Pode-se presentear, porém depois de concluída negociação.

Quando se tem mais intimidade, se conhece bem a quem quer presentear, logo sabe exatamente do que ela gosta ou o que gostaria de ganhar. Há situações mais simples como chá de panela e casamento quando os noivos deixam uma lista em duas ou três lojas e você escolhe dentro de suas possibilidades financeiras. No entanto, quando não se conhece bem a pessoa ou não tem intimidade com ela, o ideal são os presentes neutros. Nessa situação, flores para as mulheres ou uma garrafa de um vinho de qualidade para os homens, resolve bem algumas situações.

Também valem presentes como um bom livro, um bonito porta retratos, um conjunto de canetas de qualidade, um
bonito chaveiro, mas deve-se evitar presentes de uso pessoal como perfumes, roupas etc. E nunca pergunte se a pessoa gostou do presente; é uma indelicadeza. Diversas lojas disponibilizam um cartão junto ao presente; caso a pessoa queira trocá-lo, por qualquer motivo, ela pode fazê-lo sem constrangimento com quem a presenteou.

Quando se deseja presentear os anfitriões de um jantar, pode-se oferecer vinhos e chocolates. O vinho deve ser servido
durante o jantar desde que não esteja em conflito com o cardápio, e os chocolates servidos após o jantar. Outra opção é oferecer flores, desde que se tenha atenção aos seus elementos simbólicos. Rosas ou flores amarelas e brancas, crisântemos e cravos remetem a funerais e por isso nunca devem ser oferecidas. Também deve-se evitar presentear com facas e lenços, pois as facas sugerem corte da amizade e os lenços são associados a tristeza e lágrimas.

Um importante cuidado é certificar-se de que retirou a etiqueta com o preço antes de embalar o presente. As
embalagens também fazem parte do presente, por isso merecem cuidados especiais. E sempre que enviar um presente, faça acompanhar de um cartão pessoal, escrito de próprio punho, desejando felicidades e tudo o mais que você sinceramente sentir pela pessoa.

A habilidade para dar e receber presentes envolve muitos aspectos e o melhor posicionamento é dar presentes com alegria e receber presentes com emoção. Em algumas culturas aceitar o presente com ambas as mãos significa apreciar a generosidade de quem dá. A idéia é de que apenas uma mão não seria suficiente para segurar o valor simbólico de ser presenteado. Estender uma só mão pode ser considerado falta de gratidão e ser interpretado como menosprezo.

Em alguns casos é elegante retribuir um presente, por exemplo, um presente de natal. Recomenda a boa educação
sempre agradecer o presente, abordando um aspecto positivo. Se lhe for agradável, use-o. Se não gostou do presente, nada de passá-lo adiante entre amigos comuns. Quem deu o presente pode se sentir ofendido; e com toda razão.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Jantar japonês

Participar de um autêntico jantar japonês é principalmente ter modos, observar a etiqueta e costumes à mesa japonesa. Sendo uma cultura com algumas diferenças das ocidentais, o que pode parecer natural no ocidente se torna uma gafe indelicada e imperdoável. A pontualidade no Japão não é meramente uma questão de etiqueta. Atrasar para algum compromisso é caso de desrespeito e transtorno para aquele que o espera. Por isso, respeitar o “Jikangenshu” é uma questão de educação.

Em geral os japoneses se cumprimentam com o aceno de cabeça, em alguns casos com um aperto de mão. Faz parte da cultura japonesa manter um certo distanciamento. Abraços e beijinhos de saudação é algo que você não vê no Japão. Os japoneses tendem a se sentir desconfortáveis com quaisquer formas de contato físico, apesar de terem adotado em parte o costume ocidental de aperto de mãos.


Normalmente as pessoas cumprimentam-se apenas curvando-se - Ojigi. Não retornar uma curva para quem lhe fêz uma reverência denota falta de educação. E curvar-se no Japão tem muitas funções em um só gesto: expressa sentimento de respeito, gratidão, desculpas, saudação, para dizer olá, adeus, bom dia, boa noite e muito mais.

Parece simples, porém
depende do status social ou a idade da pessoa que curvar-se. Se a pessoa tem um status mais elevado, é comum uma curva mais prolongada de 45 graus olhando para os próprios pés, que demonstra respeito, gratidão, pedido formal de desculpas ou para pedir um favor. Uma curva menor de 15 graus é uma saudação causual ou um aceno de cabeça. Para cumprimentar clientes usa-se uma inclinação um pouco mais acentuada de 30 graus. Os homens mantém as mãos rentes ao lado das pernas; as mulheres colocam as mãos sobre as pernas.


A culinária japonesa é uma arte muito delicada. Formas e cores compõem os pratos servidos em travessas laqueadas, cerâmica trabalhada, bambu trançado ou madeira decorada. Em qualquer refeição os ingredientes são perfeitamente combinados e apresentados com magnifico visual. Os japoneses primam pela harmonia de todos os seus elementos e cultuam muito a natureza nos mínimos detalhes.

Todos os pratos são servidos e apresentados com extrema
sensibilidade e assim também é na etiqueta social japonesa. Foram os samurais que estabeleceram a ética de conduta por volta do século 16. Com o passar do tempo estas regras se popularizaram e um dos exemplos clássicos está na maneira de servir as pessoas: a mão direita significa que se trata de um aliado e a esquerda um inimigo. Portanto, jamais entregue algo a um japonês com a mão esquerda.

A etiqueta à mesa
mais importante no Japão está em dizer frases tradicionais: "Itadaki masu" antes de uma refeição e "Gochisou-sama" após uma refeição, que significam graças pelo alimento. É uma atitude simpática e delicada quando se participa de uma refeição junto com os japoneses.

Sendo um arquipélago, é do mar que o Japão retira os principais alimentos que compõem a sua cozinha. Os peixes, as
algas e frutos do mar estão presentes em praticamente todos os pratos da culinária japonesa. As terras são montanhosas e são poucos os locais onde é possível desenvolver a agricultura. O arroz é uma cultura de alta produção em áreas pequenas.


Muitas pessoas se sentem embaraçadas sobre os modos à mesa japonesa e não tem certeza de como comer comida japonesa corretamente. Para levar o alimento à boca usa-se os hashis - pauzinhos. Os hashis começaram a ser usados no ano de 2.500 anos antes de Cristo. Conta-se que os primeiros foram utilizados como suporte para grelhar carnes sobre a brasa e, para não queimar as mãos ao servir a carne, eram usadas as tiras de bambu.

Lenda ou fato, o hábito sobrevive
até os dias de hoje e se mostra uma das formas mais interessantes de manipulação dos alimentos. Os hashis são mais higiênicos do que os garfos e colheres e podem ser produzidos com diversos materiais, desde bambu, prata e marfim. Também por serem feitos de materiais naturais não transmitem a energia do metal à comida.

A
culinária oriental é de certa forma desenvolvida para ser consumida por hashis; os alimentos são cortados em tamanhos que podem ser facilmente segurados, dispensando o uso da faca e do garfo. Mas nada impede que se peça um garfo e faca quando se tem dificuldade em manusear os hashis. Os japoneses usam facas e garfos para consumir alimentos ocidentais, como o espaguete e o bife.

Colheres
são usadas para determinados alimentos como o cozido, curry, arroz e sobremesas. No entanto, os hashis são os utensílios mais utilizados no Japão. Existem algumas regras de etiqueta para usar os Hashis. Uma delas é nunca balançar os palitos no ar. Outra é nunca usar o hashi para passar alimentos para os outros e a razão desta etiqueta é que os ossos do corpo cremado são passados dessa forma de pessoa para pessoa em funerais japoneses. Por último, o hashi jamais devem perfurar os alimentos.

Também é importante não espetar os hashis sobre os alimentos, sobretudo em uma tigela de arroz, porque é costume no
Japão, quando há um falecimento, espetar o hashi em um pote de arroz e conduzí-lo do velório ao cemitério. É educado e correto levantar e aproximar da boca as pequenas tigelas de arroz ou sopa enquando você come, isso para evitar que o alimento caia.


Ao tomar sopa, pode-se usar a colher ou apenas sorvê-la diretamente na tigelinha. Porém é educado
comer arroz, sopa e outros pratos alternadamente. Para alimentos sólidos usa-se os hashis. Faz parte da etiqueta produzir barulhinhos ao comer macarrão ou tomar sopas. É um costume japonês e as pessoas dizem que o gosto é melhor quando se faz barulho ao tomar o Soba, Udon e Somen. Uma pessoa que come uma sopa ou macarrão sem produzir um som pode parecer estranho no Japão; porém arrotar é considerado uma extrema falta de educação.

Os grandes pedaços de comida, podem ser separados em pequenos pedaços usando os hashis ou morder
uma parte e retornar a outra parte ao prato. Os hashis também servem para apanhar o alimento na travessa maior e levar até seu prato. No entanto, apanha-se com a parte contraria daquela que é levada à boca.

No japão os hashis não fazem parte da tradição para comer sushis e sashimis, isso é um hábito ocidental. O correto é
consumi-los utilizando-se das mãos. Para isso, antes de serem servidos, cada convidado recebe uma tigelinha com água morna e pequena toalha quente - o Oshibori. Os biscoitos da sorte são usados para enviar mensagens aleatórias aos convidados. Deve-se quebrar o biscoito ao meio e ler a mensagem. É imperdoável não fazê-lo, caso sejam oferecidos.


O sushi é a combinação do arroz com os pescados crus, e apesar de parecer uma combinação estranha e exótica, na verdade é uma combinação logicamente adaptada aos produtos regionais. Antigamente os peixes para serem transportados para outros lugares eram conservados no arroz cozido. Os japoneses sabiam que o arroz liberava o ácido acético e láctico que garantiria a qualidade por mais tempo.

A técnica também era usada pelos pescadores que ficavam
pescando em alto mar, criando-se assim o sushi prensado. No século 18 um cozinheiro chamado Yohei decidiu parar de utilizar o peixe fermentado e passou a oferecer algo parecido com o que conhecemos por sushi. A preparação se tornou muito popular em Osaka que na época era a capital comercial do Japão. Era justamente nesta cidade que se reuniam os comerciantes de arroz.


Osaka está situada na região
de Kansai e assim ficou conhecido o estilo de sushis enrolados em algas, decorados e apresentados de forma alegre e colorida. Já na região de Tókio o estilo era o Edo, como o nigirizushi, um bolinho de arroz coberto com o peixe sem a utilização da alga.

Em meados do século 19 começou-se a utilizar o vinagre, o wassabi e o gengibre, pois eles tinham fortes poderes
antibacterianos e havia uma grande preocupação quanto a manipulação e o consumo dos peixes crus. Surgiram assim, os primeiros quiosques que faziam sushi no formato que conhecemos hoje. Diziam que as mulheres não deveriam preparar os sushis, pois acreditava-se que a sua temperatura corporal variável influenciava na qualidade final do sushi que é servido cru.


Os Shushis são servidos em pratos lisos para contrastar com as cores e formas dos sushis, com fatias de gengibre agridoce que ajudam a neutralizar o paladar do peixe. Para dar mais sabor aos sushis e compor o visual, usa-se o gergelim. Acompanha o molho de soja - Shoyu e o Wasabi, um tempero em pasta feito da planta Wasabia japonica também conhecida como rabanete japonês, que tem semelhança com a raiz forte.

A tigelinha com molho de soja - Shoyu - serve para imersão do alimento. Mergulha-se o sushi no molho com as mãos ou com o hashi. É correto levantar a tigelinha próximo à boca para molhar o sushi no molho evitando respingar. Não se deve colocar muito molho de shoyu na tigelinha pequena, deve-se servir aos poucos misturando pequena quantidade de Wasabi.

Não se mergulha o sushi inteiramente no molho pois a parte do arroz tende a
desmoronar. Molha-se uma parte, morde aquela parte e retorna ao molho para consumir o restante. O Maki-zuski é um tipo de sushi, contendo principalmente pepino, kani kama e abacate ou manga, no qual o nori é enrolado por dentro e o arroz por fora, com gergelim salpicando-o.

A forma correta de consumir é colocá-lo
inteiramente na boca, pois o maki-zushi desmorona facilmente quando você morde. O Nigiri sushi é o bolinho de arroz temperado. Nigiri quer dizer moldado a mão, coberto com uma lâmina de peixe ou fruto do mar por cima. Molha-se a parte da tem o peixe no molho Shoyu e leva-se à boca, comendo-o inteiro.


O Sashimi é o peixe cru que deve ser consumido com wasabi - raiz forte japonesa - e shoyu - molho shoyu. O nabo, o
pepino e o gengibre cortados em tiras bem fininhas, além de decorativos, auxiliam na digestão da carne crua e devem ser comidos juntos com o sashimi.


Sakê é uma bebida importante na cultura japonesa, que é levado a esquentar em água fervente e vem servido num recipiente cerâmico chamado Tokkuri. Existe um ritual especial à mesa para tomar o Sakê. Deve-se levantar o Ochoko - copinho - para receber a bebida que será servida sempre por seu vizinho de mesa. Segura-se o copinho com a mão direita, apoiando- na mão esquerda. É imprescindível que sirva o seu vizinho de mesa e nunca deve servir a si próprio. O copo de sakê deve estar sempre cheio até o final da refeição. A tradição manda cheirar o sakê e fazer um brinde esvaziando o copinho num só gole. É sinal de hospitalidade e atenção.

Os japoneses são generosos e hospitaleiros. Faz parte presentear os convidados com pequenas lembrancinhas ao final do jantar. É uma simples recordação, sem valor monetário, mas de grande apreço. É uma forma de agradecer por sua presença. No Japão, o ato de presentear envolve um rigoroso ritual. Costuma-se dizer que dar um presente é como abraçar o coração de alguém. Por isso, o conteúdo vem sempre embrulhado com fina decoração e deve ser bem respeitada, pois faz parte do presente. Leia mais no post: A arte japonesa de presentear

A arte japonesa de presentear




 
 
No Japão, o ato de presentear envolve um rigoroso ritual. Diz-se que dar um presente é como abraçar o coração de alguém, por isso, o conteúdo vem sempre embrulhado com fina decoração e deve ser bem respeitada, pois faz parte do presente.
 
O papel deve ser embrulhado de maneira delicada e consciente. Os japoneses levam tão a sério essa filosofia que desenvolveram técnicas de embrulho de objetos que ultrapassam a finalidade principal: proteger o conteúdo contra impurezas e agressões exteriores.

De alimentos a presentes, tudo é muito bem embalado, seja para facilitar o transporte e acondicionamento dos objetos, seja para demonstrar a afeição e atenção da pessoa àquele que vai receber o presente.
 
A palavra japonesa tsutsumu quer dizer embalar e exerce um papel importante em uma série de aspectos culturais e religiosos do cotidiano japonês. Acredita-se que tsutsumu é derivado do verbo tsutsushimu, que significa ser discreto e moderado, uma característica inata ao povo japonês e também sinônimo de refinamento.

Existe um método denominado origata, que possui uma série de regras que determinam o tipo de embalagem. Segundo a
etiqueta japonesa, é indelicado dar um presente mais exuberante que o indicado pela ocasião, pois a pessoa se sentirá na obrigação de retribuir à altura.
 
Antigamente, os presentes eram embrulhados em washi, papel branco tipicamente japonês, pois essa é a cor dos deuses e, portanto, livre de qualquer contaminação.  Existem no Japão vários tipos de papéis, com denominações e finalidades específicas. As cores variam de acordo com a estação do ano.
 
Papéis decorados com sumi-ê vieram para o Ocidente juntamente com presentes e acabaram servindo de inspiração para pintores como Van Gogh e Monet. O noshi, um tipo de molusco esticado e seco, era dado juntamente com o presente. Hoje, ele foi substituído por apenas uma figura, geralmente impressa no alto, no canto direito do papel, mas que ainda tem grande importância nas embalagens.


Alguns pacotes são envoltos em finas cordas de papel chamadas Mizuhiki. Geralmente possuem cinco fios, mas o número pode variar. As cores do mizuhiki, que aparecem sempre em pares, têm grande significado. Para felicitações ou situações comuns, cordas vermelho-brancas e o vermelho deve ficar à direita ou dourado-vermelhas. Dourado-prateadas são usadas apenas para casamentos, com o dourado à direita.
 
Para presentes de condolências, cordões preto-e-brancos, azul-e-brancos ou somente brancos são usados, com a parte mais escura à direita. O nó memusubi ou nó borboleta é utilizado para quase todas as ocasiões, mas para noivados, casamentos e funerais é usado o Musubiriki, o nó liso, que não pode ser desfeito. A intenção é desejar que essa ocasião seja única e não se repita.

No espaço acima do nó formado pelo Mizuhiki, é escrito o propósito do presente e abaixo o nome do doador. Kotobuki
(alegria), go-reizen (para o espírito do falecido), jô (para alguém mais velho), orei (agradecimento), omimai (após a recuperação de alguma doença), osembetsu (despedida) e so-shina (lembrancinha) são os mais usados.
 
 
 
Quando se trata de um presente em dinheiro, a quantia costuma ser especificada no verso do envelope. É um costume japonês. O nome de quem recebe pode ser omitido, mas o propósito deve ser escrito no alto à esquerda. 
Além da embalagem os japoneses mais tradicionais costumam envolver os presentes em um lenço de buclê de seda chamado Furoshiki. No passado o lenço costumava ser devolvido embrulhado em dois pedaços de papel branco. Hoje já existem lenços com tecidos mais baratos, que dispensam a devolução.

Em todos os casos um  presente nunca deve ser aberto na mesma hora em que se recebe. Segundo os costumes japoneses, tal atitude demonstra maior interesse no valor material do presente que no ato de presentear. É de bom gosto enviar um cartão ou dar um telefonema de agradecimento posteriormente.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Cumprimentos



Trocar abraços e beijinhos é um hábito bem brasileiro. É o jeito receptivo de demonstrar afeto para as pessoas que encontramos. No entanto, a etiqueta deve ser sempre levada em consideração evitando constrangimentos.

Em situações mais informais o beijo é uma demonstração normal, quando amigos e parentes se encontram. No entanto, numa situação social quando se fazem as apresentações, a pessoa a quem está sendo apresentada é que pode mostrar seu interesse nessa demonstração de afeto. No caso de duas pessoas da mesma idade e em uma situação profissional, é a mulher que mostra se está a fim de cumprimentar com beijinhos ou se prefere ficar só no aperto de mãos.



Nas relações profissionais um aperto de mão deve ser um gesto formal mas os poucos segundos enquanto aperta a mão de outra pessoa, e a move verticalmente, deve transmitir algo sobre você como pessoa. Pode parecer irreal mas um aperto de mão não é algo simples, e quem já recebeu um fraco e desajeitado aperto de mão entende como isso faz diferença.

O momento do aperto de mão é um dos poucos em que a personalidade de fato se revela.
Um bom aperto de mão deve consistir de uma mão firme e um pequeno balançar, mantendo o contato dos olhos, tudo sempre com moderação. Os encontros que começam com este ato remontam ao Egito antigo e foi muito utilizado entre guerreiros para demonstrar que não estavam armados, num processo de transmissão de confiança.

Em nossos dias este pequeno ato ganhou muita importância no ambiente corporativo, por se tratar do processo que geralmente marca o início de uma conversação e ainda transmite a mesma intenção, demonstrar confiança.
Deve-se estender a palma da mão completamente aberta. Isso transmite a mensagem: sou igual a você e estou desarmado. Um aperto de mão normal e controlado é percebido como traço de uma pessoa extrovertida e apresentável.

Se alguém deixa cumprimentar quando uma mão lhe é estendida, tal atitude é considerada completa falta de educação tal como espremer a mão dos outros, puxar o braço do outro quase a ponto de amputá-lo ou olhar fixamente nos olhos dos outros como um hipnotizador. Tudo isso transmite uma imagem, porém não tanto agradável.


Um aperto de mão muito apertado parecendo estar espremendo a outra mão, a menos que esteja tentando fraturar a
mão do outro, estará transmitindo uma mensagem de desejo de autoafirmação. Além disso, é constrangedor e dolorido para quem tem a mão espremida. Um aperto de mão mole, apático e frouxo igualmente é desagradável, pois pode demonstrar insegurança, apatia e desinteresse. Também não se deve demorar segurando a mão dos outros, mesmo que se sinta muito feliz no encontro. Isso pode demonstrar distração ou nervosismo, que até se esquece de soltar a mão do outro.



Muitas pessoas se sentem desconfortáveis quando são cumprimentadas muito de perto. Isto acontece porque cada um de nós temos várias zonas especiais, as quais devem ser respeitadas, pois uma proximidade muito estreita pode provocar reações bastante adversas. Embora este espaço possa variar um pouco de pessoa para pessoa ou entre culturas, o ideal é manter uma distância de 45 a 120 cm dos outros. É extremamente desagradável um contato físico indesejado, e a menos que seja íntimo da pessoa, evite tapinhas nas costas ou nos ombros.

A maioria das pessoas dá apertos de mão com a mão direita, mas se alguém oferecer a mão esquerda, siga o que os outros fazem, ofereça sua mão esquerda também. As pessoas devem se lembrar de você, por isso transmita a melhor lembrança através do seu agradável aperto de mão. Isso não é a coisa mais importante da vida, mas no mundo atual, ninguém quer perder pontos por algo tão simples.

E se quiser causar realmente uma boa impressão, ao despedir-se, cite o nome do seu interlocutor. Isso demonstra interesse e denota que esteve realmente prestando-lhe atenção. Fechando um encontro com chave de ouro, sorria. Um sorriso sincero consolida sua primeira impressão, transmitindo uma mensagem positiva e confiante.


Atenção especial deve ser dada ao cumprimentar estrangeiros. Os gestos simbolizam os cumprimentos e variam de
cultura para cultura. O ideal, em situações formais, é restringir-se apenas ao aperto de mãos, um costume ocidental já incorporado. Os japoneses cumprimentam apenas com o aceno de cabeça. Italianos e franceses apreciam mais as demonstrações de afeto, onde os beijinhos na face entre homens familiares e amigos é comum. Entre árabes, o cumprimento normal entre dois homens é a troca de beijos nas faces.



O abraço é um enlaçamento de braços e, dependendo da cultura, é uma forma de demonstração de afeto que pode expressar sentimentos ou cumprimentos. Em situações sociais não se permite abraços apertados que devem ser reservados apenas entre amigos e parentes. Um abraço em alguém pode demonstrar também proteção instintiva, já que os animais abraçam seus filhotes para protegê-los; porém em algumas culturas pode ter uma interpretação sexual, por isso é uma atitude que reserva alguns cuidados.

No Brasil o abraço impessoal é aquele apenas falado e não dado de fato, sendo comum cumprimentar ou se despedir
dizendo "um abraço", um sinal de mínima intimidade que pode ser usado mesmo entre pessoas desconhecidas. Porém em outras culturas pode ser íntimo demais para ser escrito ou falado e dificilmente tem o sentido impessoal. Você pode mandar lembranças, recordações ou simplesmente um "alô", porém evite mandar abraços ou beijos em suas cartas e emails para estrangeiros, salvo se estiver escrevendo para o seu namorado.

E vale lembrar que quando se está resfriado, não se deve chegar muito perto dos outros, pois ninguém está a fim de micróbios. Não existe nada pior do que ver uma pessoa visivelmente gripada, com seu cacoete de fungar, se aproximando para um caloroso beijo...




terça-feira, 16 de novembro de 2010

Jantar à russa




É habitual para os russos se reunirem à mesa para uma grande refeição ao final do dia. Utilizar um serviço à russa é praticar o modo muito elegante e teatral para encantar seus convidados. O sucesso do seu jantar não depende apenas de refeições deliciosas, mas também de demonstração de sua hospitalidade, que é uma grande virtude da Rússia. 
   



Considere incorporar motivos tradicionais russos na decoração de mesa, tais como utensílios de mesa de madeira e decoração com tigelas e pratos coloridos. Khokhloma são itens típicos que capturam o folclore russo e arte festiva com cores luminosas de vermelho, dourado e preto.

Primeiro são servidos os aperitivos que podem incluir diferentes saladas, salgados arenque, picles e vegetais em conserva, tomates marinados, tortas de carne ou de repolho, carnes frias, pão preto, peixe defumado, caviar preto e vermelho. É costume servir uma deliciosa variedade de petiscos quentes e frios.


As beterrabas são muito populares na culinária russa e incluídas em muitos pratos tradicionais, como a deliciosa sopa de beterraba conhecida como Borscht. De fácil preparo, você vai surpreender seus convidados. Acompanha o pão de centeio escuro, que é o tipo mais usado na Rússia.



O Caviar é muito popular na Rússia e é frequentemente servido com pão, batatas ou panquecas finas conhecidas como blinis. É comum espalhar manteiga e caviar vermelho em cima do pão marrom escuro ou um pouco de creme azedo e caviar preto em cima do blini - é uma experiência verdadeiramente única e de bom gosto.



 Os pratos são apresentados aos convidados com coreografia e a seguir são trinchados e reorganizados numa nova montagem diante dos convidados numa mesa auxiliar. O grande astro do serviço à russa é o "trancheur".

O prato principal geralmente inclui batatas misturadas com endro e algum tipo de carne, como cordeiro, kebob shish, strogonoff de carne, frango kiev, ou folhas de couve recheadas com carne moída.

Os alimentos são colocados nos pratos e servidos pela direita de cada convidado, seguindo a ordem de precedência: serve-se primeiro a mulher que está à direita do dono da casa ou anfitrião e depois à da esquerda.

Somente após servir todas as mulheres é que os homens são servidos. Primeiro o que está à direita da anfitriã ou dona da casa, por último, o anfitrião. Em almoços e jantares protocolares o serviço segue a ordem de precedência, sem distinção para as senhoras.





A inconveniência da coreografia de apresentação para muitos convidados é que a remontagem dos pratos demanda um certo tempo e a comida ao ser servida já chega fria. Pode-se restringir a coreografia apenas à sobremesa flambada ou decorada para finalizar o banquete. Outra opção é o Trifle usando diversos pedaços de bolos diferentes embebidos com vinho, xarope doce ou suco de frutas, servido em taças ou em copos.


A vodka é a bebida favorita na Rússia, que pode ser servida durante todo o jantar. É habitual o brinde à saúde no tilintar dos copos. Depois de uma segunda rodada de brindes, são servidos os pratos principais, que vem da cozinha em peças inteiras e decoradas.




Após a refeição, é tradição servir o chá preto forte em samovar russo. Acredita-se que o chá feito em samovar desenvolve sabor e gosto excepcionalmente bons. Os cubos de açucar são servidos em separado juntamente com os bolos. Seus convidados ficarão fascinados por essa tradição russa secular!





Jantar à Inglesa




Sobriedade, elegância e requinte são características próprias dos ingleses; e o tipo de serviço à inglesa prevê exatamente isso. É o serviço indicado para um jantar ou almoço formal, típico daqueles usados em restaurantes. Os convidados são acomodados nas mesas com mise-en-place completo - arrumação da mesa - de acordo com o cardápio.

À esquerda do convidado, ao lado do prato, ficam os garfos e o pratinho com pão. À direita ficam as facas e as colheres, que devem ser dispostos na ordem de uso, ficando mais distantes do prato os que serão usados em primeiro lugar.

Os talheres de sobremesa podem ser colocados transversais acima do prato ou podem vir quando for servida a sobremesa. O guardanapo, dobrado verticalmente, fica à esquerda dos garfos. O copo de água é colocado acima da ponta da faca e o copo de vinho à direita.






O tamanho da mesa determina o número de convidados. Em geral, calcula-se 75 cm de largura por pessoa, e o lugar de honra é sempre à direita dos anfitriões. É elegante não colocar casais sentados lado a lado e a hierarquia deve ser seguida na disposição dos lugares.

As pessoas de maior hierarquia e os mais idosos ocupam os lugares perto dos anfitriões e os mais jovens ocupam as posições mais distantes. Uma forma de evitar constrangimentos ao dispor os convidados é utilizar o Placement, um cartão com o nome do convidado disposto à frente do prato determinando o lugar a ser ocupado à mesa.

Todo o serviço deve ser feito pelos garçons e copeiros que devem estar instruidos do gênero de serviço, evitando que o anfitrião se ausente da mesa. Importante ainda é a postura e a apresentação do serviçal.

A decoração é uma grande aliada para um bom resultado final, podendo-se usar flores e frutas na ornamentação. O toque de classe, além dos arranjos das mesas, deve-se às toalhas, que devem ser de tecidos nobres e guardanapos do mesmo tecido.

O menu da refeição deve levar em consideração principalmente o gosto dos convidados, como também o motivo do evento. A época também influencia na escolha do menu: pratos e sobremesas mais leves para o verão e mais substanciais no inverno. As iguarias nunca devem ser de difícil manuseio, com ossos, espinhos ou alimentos duros, que também é uma falta de cortesia com o convidado.






Bebidas: As bebidas devem circular desde a chegada dos primeiros convidados, preferencialmente em uma sala separada da mesa de jantar onde todos poderão iniciar um clima de descontração.

Durante o jantar, serve-se primeiro a água, depois os vinhos de acordo com os pratos. A água é a primeira e a última bebida a ser servida. Embora existam normas para servir vinhos, o importante é gosto de cada um.

Logicamente os vinhos brancos secos ou semi secos são apreciados com paladar dos peixes e crustáceos; e os vinhos tintos acentuam melhor o paladar das carnes, aves e massas. Os vinhos doces e o champanhe são mais apropriados para a sobremesa e os brindes, quando houver. O Champanhe pode ser servido durante todo o jantar, desde que seja Brut.

Serve-se primeiro a mulher que está à direita do dono da casa ou anfitrião e depois à da esquerda. Somente após servir todas as mulheres é que os homens são servidos. Primeiro o que está à direita da anfitriã ou dona da casa, por último, o anfitrião. Em almoços e jantares protocolares o serviço segue a ordem de precedência, sem distinção para as senhoras.






Brinde: O brinde dá início ao jantar. Em situações formais, na hora do brinde, basta erguer o copo um pouco acima depois que a pessoa que comanda o brinde, terminar de falar algumas palavras sobre o momento.

Em reuniões íntimas, vale encostar levemente o copo no das pessoas, preferencialmente aquelas que estiverem mais perto, não sendo necessário debruçar sobre a mesa para brindar com os convidados distantes.

Dizer "tintim" faz parte do brinde! É importante lembrar que, em qualquer situação, só se começa a beber depois de feito o brinde. Uma vez feito o brinde é obrigatório que a pessoa prove um pouco da bebida, não sendo elegante colocar o copo sobre a mesa sem beber.




Serviço à inglesa direto

É o tipo de serviço comumente usado nos restaurantes. Os alimentos compõem a decoração em uma travessa e o garçom serve pela esquerda do convidado usando o alicate - garfo e colher - distribuindo os alimentos harmoniosamente sobre o prato. Os alimentos e pratos adicionais são oferecidos pela esquerda do convidado; as bebidas são oferecidas pela direita, assim como para retirar os pratos.



Serviço à inglesa indireto ou Au Guéridon

A refeição é servida com auxílio de um carrinho ou mesinha - guéridon - ao lado da mesa. Um garçom flamba os pratos antes de serví-los, contando com ajuda de outro garçom ou commins para auxiliá-lo. E por ser um empratado, ou seja, montado fora da mesa, o garçom serve pela direita do convidado assim como para servir a bebida e retirar os pratos.





Sobremesa: Ao servir a sobremesa, os doces terão precedência sobre as frutas. O café pode ser servido na sala de estar, seguido de bombons e licor ou outra bebida digestiva, o que dá um certo glamour e também anuncia sutilmente, o final do jantar...




quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Verrine e Trifle um modo elegante de servir



Verrine e Trifle, é um modo de servir com elegância. As Verrines têm origem na nova gastronomia européia. A idéia é transportar empratados salgados tipo cremosos, saladas e sobremesas, em copos ou bowls de vidro, afirmando a miniatura como proposta simples, divertida e de muito bom gosto.

Os copos devem ser pequenos e transparentes para que se possa apreciar as camadas. Também conhecido como bagatela, a idéia se difundiu incorporando ingredientes e técnicas de culturas distintas.

Uma mesma verrine pode conter até 5 elementos diferentes crus, moídos, mousses, molhos, aerados, ralados, duxelles, - salteado de cogumelos com ervas - mirepoix cru ou salteado e muito mais, utilizando o contraste de cores e usando alimentos que se complementam. As verrines salgadas podem ser servidas como entrada de um jantar. 
 




Muito comum em cozinhas de gourmands ingleses, o Trifle é uma sobremesa empratada usando creme, frutas, bolo, suco de fruta ou gelatina, chantilly e creme. Estes ingredientes são dispostos em camadas com fruta. Também pode-se usar bolos e algumas receitas permitem acrescentar licor ou rum. Para algo tão prático, o resultado é excepcional.

Os escoceses têm um prato semelhante, o Tipsy Laird, feito com Drambuie ou uísque. No sul dos Estados Unidos existe uma variante conhecida como bolo embriagado. Na Rússia, usa-se diversos pedaços de bolos diferentes embebidos com vinho, xarope doce ou suco de frutas. Na Itália é chamada de Zuppa inglese. 

 







sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Jantar Sur Assiette ou à Italiana





Sofisticação, requinte e elegância marcam o estilo de serviço Sur Assiette. É o gênero indicado para serviços a la carte, ou seja, quando se escolhe o alimento através de várias opções de um cardápio ou também em banquetes de médio e grande porte. Os convidados são acomodados nas mesas com mise-en-place completo - arrumação da mesa - de acordo com o cardápio, porém sem o prato.


Chamado também de empratado ou prato feito, é o gênero adotado pela maioria dos restaurantes que fornecem pratos individuais. O prato vem da cozinha com o alimento preparado e decorado conforme o tipo. Uma refeição pode constar da entrada, primeiro prato, segundo prato, sobremesa que são servidos, por exemplo: um prato de entrada com uma salada finamente decorada; a seguir um prato com massas; seguido de um prato com carne acompanhado de uma guarnição; finalizando com o prato de sobremesas, o prato de frutas, café e licores. É um gênero de serviço muito utilizado na Itália, mesmo nas reuniões familiares cotidianas; a cada iguaria servida, os pratos individuais vão sendo substituidos. Os italianos não misturam diversos tipos de alimentos no mesmo prato.



Mas também pode ser servido um único empratado com seus complementos, como no caso do Pratofeito, o famoso PF brasileiro. A época influencia na escolha do menu: iguarias e sobremesas mais leves para o verão e mais substanciais no inverno, e as iguarias nunca devem ser de difícil manuseio, com ossos, espinhos ou alimentos duros, que também é uma falta de cortesia com o convidado.




Mise en place

A disposição dos pratos e talheres seguem uma norma: à esquerda do convidado ficam os garfos e o pratinho com pão. À
direita ficam as facas e a colher, que devem ser dispostos na ordem de uso, ficando mais distantes do prato os que serão usados em primeiro lugar. Os talheres de sobremesa podem ser colocados transversais acima do prato ou podem vir quando for servida a sobremesa. O guardanapo, dobrado verticalmente, fica à esquerda dos garfos. O copo de água se posiciona acima da ponta da faca e o copo de vinho à direita.

O tamanho da mesa determina o número de convidados. Em geral, calcula-se 75 cm de largura por pessoa, e o lugar de honra é sempre à direita dos anfitriões. É elegante não colocar casais sentados lado a lado e a hierarquia deve ser seguida na disposição dos lugares. As pessoas de maior hierarquia e os mais idosos ocupam os lugares perto dos anfitriões e os mais jovens ocupam as posições mais distantes. Uma forma de evitar constrangimentos ao dispor os convidados é utilizar o Placement, um cartão com o nome do convidado disposto à frente do prato determinando o lugar a ser ocupado à mesa.




Menu

O menu da refeição deve levar em consideração principalmente o gosto dos convidados, como também o motivo do
evento. Em geral pode-se oferecer duas ou mais opções de cardápio, por exemplo carne ou peixe, mais guarnições. Os pratos montados individualmente na cozinha, finamente decorados, e são servidos pelo garçom pela direita. Os pratos são de tamanho maior, em geral de 28 a 30 cm de diâmetro.

A mesa será posta de acordo com o cardápio que será oferecido e todo o serviço deve ser feito pelos garçons e copeiros
que devem estar instruidos do gênero de serviço, evitando que o anfitrião se ausente da mesa. Este gênero de serviço exige um maior número de garçons. A decoração é uma grande aliada para um bom resultado final, podendo-se usar flores e frutas na ornamentação. O toque de classe, além dos arranjos das mesas, deve-se às toalhas, que devem ser de tecidos nobres e guardanapos do mesmo tecido.

Serve-se primeiro a mulher que está à direita do dono da casa e depois à da esquerda. Somente após servir todas as mulheres é que os homens são servidos. Primeiro o que está à direita da anfitriã ou dona da casa, por último, o anfitrião. Em almoços e jantares protocolares o serviço segue a ordem de precedência, sem distinção para as senhoras.




O brinde dá início ao jantar. Em situações formais, na hora do brinde, basta erguer o copo um pouco acima depois que a pessoa que comanda o brinde, terminar de falar algumas palavras sobre o momento. Em reuniões íntimas, vale encostar levemente o copo no das pessoas, preferencialmente aquelas que estiverem mais perto, não sendo necessário debruçar sobre a mesa para brindar com os convidados distantes. Dizer "tintim" faz parte do brinde! É importante lembrar que, em qualquer situação, só se começa a beber depois de feito o brinde. Uma vez feito o brinde é obrigatório que a pessoa prove um pouco da bebida, não sendo elegante colocar o copo sobre a mesa sem beber.

Bebidas e sobremesa

As bebidas devem circular desde a chegada dos primeiros convidados, preferencialmente em uma sala separada da
mesa de jantar onde todos poderão iniciar um clima de descontração. Durante o jantar, serve-se primeiro a água, depois os vinhos são servidos de acordo com os pratos. A água é a primeira e a última bebida a ser servida.

Embora existam
normas para servir vinhos, o importante é gosto de cada um. Logicamente os vinhos brancos secos ou semi secos são apreciados com paladar dos peixes e crustáceos; e os vinhos tintos acentuam melhor o paladar das carnes, aves e massas. Os vinhos doces e o champanhe são mais apropriados para a sobremesa e os brindes. O Champanhe pode ser servido durante todo o jantar, desde que seja Brut.

As bebidas são servidas pelo garçom cabendo-lhe manter os copos abastecidos, evitando garrafas sobre a mesa. Ao servir a sobremesa, os doces terão precedência sobre as frutas. O café pode ser servido na sala de estar, seguido de bombons e licor ou outra bebida digestiva, o que dá um certo glamour e também anuncia sutilmente, o final do banquete ou jantar.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Jantar Franco-americana



O jantar servido à moda franco-americana é um estilo utilizado para recepções com muitos convidados. Semi-formal, os convidados são acomodados nas mesas e, em um aparador central ou em lugares estratégicos, estarão dispostos pratos, talheres e guardanapos e os Réchauds – onde encontram-se os pratos quentes. Pode-se ainda guarnecer um aparador em separado com saladas e pratos frios.




Sua praticidade permite servir rapidamente um maior número de pessoas; o inconveniente é que as pessoas são obrigadas a transitar com o prato nas mãos, podendo ocorrer acidentes. É conhecido como Self service onde os convidados se auto-servem e retornam às suas mesas. Além de agilizar o serviço, o valor do jantar é mais reduzido quanto se opta por esse tipo de serviço.




O início do serviço é feito por garçons, servindo bebidas diversas e canapés, que também retiram os talheres, pratos e copos já utilizados. Ou pode-se optar por buffet tipo degustação, em que mini-porções são distribuidas em ilhas espalhadas pelo salão.

O buffet degustação é composto por canapés, patês, salgadinhos e outros, o que facilita a degustação sem a necessidade de se sentar, além da opção de curtir mais a festa. Quando todos os convidados já estiverem servidos, pode-se guarnecer os aparadores e dar início ao jantar.





Para os eventos informais, a sugestão é a montagem de lounges e algumas mesas com formatação mais casual, utilizando apenas as taças específicas de acordo com as bebidas a serem servidas e pratos de apoio com porta-guardanapos. Receber com "finger food" (comer com os dedos) é ideal para festas dançantes e encontros em que não é possível que todos os convidados se sentem à mesa.

O segredo de uma recepção como essa é apostar em um cardápio variado e caprichar na arrumação do aparador central. Além disso, incentiva a mobilidade dos convidados, dispensando as mesas, que são substituídas por lounges. Os cardápios são personalizados e o serviço é modernizado, com itens servidos volantes em mini cumbucas e panelinhas, de diversos materiais e cores, como porcelana branca, vidro e prata. As porções costumam ser servidas de forma que os convidados possam comer de pé, não sendo necessário o uso de facas.





Um evento formal exige serviço volante de garçons, ou seja, aqueles que transitam pelo salão e servem nas mesas. Há ainda a alternativa de dispor de um bar fixo onde os convidados podem solicitar a bebida de sua preferência, drinks e coquetéis. Champagne, vinho e cerveja, além de água e refrigerante são acompanhamentos ideais. A utilização de bartenders servem também como animação em festas de 15 anos, formaturas, casamentos, exposições, feiras etc.




As sobremesas, o café e os licores devem ocupar um aparador. Os bombons podem ser colocados no aparador ou servidos pelos garçons. Preferencialmente, quando se opta pela mesa de docinhos, bolos e bombons, estas devem ser guarnecidas após o jantar.





É gentil e sofisticado oferecer uma pequena lembrança aos convidados, após o jantar ou à saída dos convidados. É uma forma de agradecer a presença, e quando os anfitriões estão impossilitados fazê-lo pessoalmente, pode ser realizado por um recepcionista.