terça-feira, 26 de novembro de 2013

Desconfiômetro quebrado





Você já ouviu falar em "desconfiômetro"? Não se trata de um aparelho. Diz-se que determinada pessoa está com o "desconfiômetro quebrado" quando se percebe uma pessoa tem um comportamento inconveniente e reduzido bom senso. É aquela pessoa sem noção, insensível com outros, infeliz nas atitudes, chata  em  seus comentários inadequados  e  no seu excesso de humor.

Todos nós estamos sujeitos a cometer um deslize, mas quando cada um cuida da medida do próprio bom senso e liga o seu "desconfiômetro" para monitorar suas atitudes e perceber se não está extrapolando, na verdade está aprendendo a conviver em sociedade.
Bom senso e respeito pelos outros

Antropologia é a ciência da observação, que tem como foco o estudo das pessoas em sociedade, as culturas humanas, os comportamentos e seus costumes sociais. Ter bom senso não significa ter medo de manifestar o que se pensa pelo receio de cometer uma gafe. Mais do que isso, é cultivar a sensibilidade para perceber como melhor se portar diante das mais variadas situações que vida impõe a todo ser humano.

Para ter relacionamento saudável e conviver bem com as pessoas é preciso discernimento e autopercepção, não deixando que a própria conduta ultrapasse os limites alheios. Há comportamentos e coisas que as pessoas fazem ou deixam de fazer, que causam desconforto nos demais, seja na convivência em casa, nos lugares públicos ou no trabalho. Sem aperceber dessas pequenas coisas, pode-se minar a própria imagem e comprometer o relacionamento com outras pessoas.

Relacionamentos pautados pelo egoísmo, ausência de respeito pelos outros e atitudes pouco corteses costumam dar vazão a conflitos e acabam prejudicando a boa convivência. Todos nós temos os nossos limites pessoais e não gostamos de ver o nosso espaço sendo invadido pelos outros. Quem usa, abusa e manipula os outros precisa de tratamento urgente.

Há um distúrbio psicológico chamado Psicopatia, que é caracterizado pelo desprezo das normas sociais e indiferença aos direitos e sentimentos dos outros. Esse é o típico comportamento que pode ser observado nas pessoas muito "espaçosas", que vivem histericamente no automático, o que impede de terem serenidade para observar como estão funcionando socialmente.  


Gente espaçosa demais

Independentemente de onde estiver, a pessoa "espaçosa" se sente à vontade para fazer o que quiser e quando quiser, sem  importar se está incomodando ou  atrapalhando a vida dos outros.  
Invadir espaço alheio: Ela se esconde atrás de uma máscara e invadir o espaço alheio é a sua marca. Ela vai além dos seus limites espaciais, mexe e pega as coisas dos outros sem permissão e acha que, por conviver em um mesmo espaço, tem o direito de invadir a privacidade dos outros.

Pedir emprestado: Outra forma velada de invasão é o costume irritante de pedir emprestado: pede uma xícara de açucar, pede uma roupa emprestada, pede a sombrinha emprestada, pede dinheiro emprestado, pede o carro emprestado, pede carona todos os dias, pede tudo que vê. E dê graças a Deus se o objeto emprestado for devolvido, pois a maioria desse tipo de pessoas nunca devolve.

"Fila bóia": E por julgar no direito de dominar o espaço dos outros, a pessoa espaçosa é do tipo que chega em sua casa para o almoço sem convite e sem avisar. Aproveitando a hospitalidade, ela usa o banheiro e não dá descarga. Liga a sua televisão e "aluga" o seu sofá. Mas a folga não pára por aí.

"Sem noção": Ela deixa as horas correrem e depois diz que é muito tarde para voltar para casa. Aí pede para passar a noite em sua casa e naturalmente pede uma toalha para tomar banho. Ela deixa seu banheiro arruinado e a toalha molhada em qualquer lugar. Dorme em sua casa até o meio-dia e ainda aproveita para "filar" mais um almoço antes de ir embora. E dê graças a Deus se ela não resolver passar uma temporada na sua casa.
Exploradora: Aliás, esse é o tipo de pessoa que adora se hospedar gratuitamente na casa dos outros por vários dias. Se for preciso, ela inventa as histórias mais hilariantes possíveis.  E, se você bobear, ela traz uma mala cheia com roupas sujas que ela guardou durante mais de seis meses para a sua empregada lavar.  E aí vai ficando... vai ficando... até morar definitivamente na sua casa e sem pagar nada.

Inconveniente: Se você tiver uma piscina, ela vai querer transformar sua casa num clube para passar todos os finais de semana e ainda trazer amigos. Se tiver árvores frutíferas, ela e seus amigos vão comer todas as frutas até as folhas. Porque esse é o tipo de pessoa que se julga no direito de tudo, inclusive de chegar em qualquer festa, churrasco e onde tiver uma reunião de pessoas, sem convite e sem pedir licença.

Gosta de aparecer: Além de tudo, é do tipo que costuma dar gritinhos histéricos sem nenhum motivo e gosta de falar alto para chamar atenção sobre si. Em qualquer lugar ela se vê num palanque fazendo discurso, sem perceber que atrapalha a conversa ou a concentração dos outros. Devido à imaturidade, ela acha que pode falar alto quando atende o celular e até ouvir suas musiquinhas cafonas dentro do ônibus, na fila do banco etc.

Sem noção de ridículo: E, por não ter noção de ridículo, ela acha tudo engraçado e não perde uma oportunidade para colocar em ação a sua mania de contar piadas, mesmo que o momento seja impróprio. Faz piadinhas, critica, ironiza a roupa dos outros e põe apelido em todo mundo. Esse é seu modo de ser em qualquer lugar, seja no ambiente familiar, no trabalho, num velório ou num ponto de ônibus.

Maledicente: Por ter a língua grande demais, essa pessoa faz comentários maldosos sobre todo mundo. Fala mal dos vizinhos, da família, da empresa, do chefe, da secretária, dos colegas e quem mais ela colocar no seu foco. Ela tem uma opinião sobre tudo e sobre todos. Para ela, todos tem qualidades negativas e se considera a única pessoa séria, ética e responsável. 

Folgada: No trabalho ela nem percebe que incomoda seus colegas quando pega a caneta, o grampeador, os papeis da impressora, usa o computador sem permissão e joga suas tarefas encima dos outros. E não é tudo. No cafezinho da empresa todos jogam seus copinhos no lixo, mas ela não. Ela deixa tudo jogado em qualquer lugar, talvez por achar que alguém tem obrigação de limpar a sujeira que ela deixa para trás, incluindo o banheiro coletivo da empresa que ela usa e transforma num caos.

Gosta de levar vantagem em tudo: Esse tipo de pessoa também não se preocupa em criar contrangimentos para os outros. Se for convidada para ir a um restaurante, ela pede o prato mais caro, o vinho e a sobremesa. Sair junto com ela numa balada é um grande prejuízo. Tendo alguém pagando, ela bebe o bar inteiro e na lanchonete pede o maior sanduiche que tiver e tudo mais que aguentar consumir. É o tipo de pessoa que não quer perder nada; só quer explorar os outros e levar vantagem. Quem nunca conheceu alguém assim?

Sem educação: Se tem carro, ela faz das ruas o seu parque de diversões: buzina constantemente, ocupa duas pistas ao mesmo tempo, estaciona na calçada e invade a faixa dos pedestres. Se mora num prédio, não respeita as vagas da garagem, perturba o vizinho do andar de baixo fazendo barulho a qualquer hora, limpa as janelas do apartamento jogando água e nem se preocupa em molhar as janelas dos andares mais baixos e as pessoas que estão passando na rua... Nos lugares públicos, ela cospe e joga lixo no chão, espirra, arrota e solta seu "pum" em qualquer lugar.   

 


Coloque limites

Há inúmeras situações e boa parte do comportamento dessas pessoas "espaçosas" resulta da criação que elas receberam; não aprenderam a respeitar limites. Mas não se pode culpar os pais, pois também resulta da influência do meio em que convivem e da própria personalidade.

Essas pessoas não vêem fronteiras para sua ações, sendo uma forma de se sentirem livres e até de não precisarem lidar com a aceitação dos outros. Psicopatas são movidos pelo egocentrismo, pensam somente nas próprias vontades e acham que o mundo deve girar em redor de si.
Conviver com pessoas sem limites é, no mínimo, embaraçoso. Mas ao invés de ficarmos nos roendo de raiva ao sermos espremidos por uma dessas pessoas sem-noção, o mais certo é tomar uma atitude. Mudar o nosso estilo de ser é a receita certa para não acabarmos sucumbindo aos abusos dessas pessoas. Quando não podemos evitá-las, o jeito é não dar-lhes abertura. Quando se tenta aceitá-las e agradá-las demais, abre-se um espaço para que elas possam se espalhar.
Quem não sabe dizer: “Me dê licença", "Por favor", "Obrigado" e não pede desculpas por suas gafes e desatinos, ainda que tenha concluído um curso de pós graduação precisaria voltar no tempo e frequentar uma pré-escola. É na infância que aprendemos a ser bem educados. E quem acha que não precisa se subordinar a essas "bobagens" de etiqueta, deveria viver numa estrebaria. Talvez convivendo com os coices de outros animais aprendesse a respeitar os limites dos outros...

sábado, 20 de abril de 2013

Assuntos num almoço ou jantar


Organizar um almoço ou jantar é responsabilizar-se não só pela comida e pela arrumação, mas também cuidar para que o clima entre os convidados seja agradável. Embora pareça óbvio, nunca é demais dizer que uma refeição deve conter um certo clima de descontração, porém é preciso evitar exageros e também alguns temas delicados que podem provocar desconforto nos outros.

Ter cuidado com o tema das conversas significa valorizar sua própria imagem e agradar seus convidados. A anfitriã deve ser atenciosa, mas é preciso evitar observações desnecessárias.  Uma atitude desagradável é insistir para que um convidado coma ou beba mais um pouquinho. Quando se percebe que um convidado não comeu ou que não apreciou o prato, não faça perguntas e limite-se apenas em oferecer outra iguaria. Outra situação desagradável é sugerir que a pessoa coma mais e depois pense na dieta. Nesse caso o convidado deve dizer que o jantar estava maravilhoso e que já está satisfeito. 

Do mesmo modo, tenha um plano para lidar com os convidados que exageraram na bebida. Combine com amigos para manter as situações sob controle. Sirva água ou uma bebida não alcóolica para todos evitando constrangimentos. E, mesmo que a pessoa solicite bebida alcóolica, inicie uma conversa e deixe a pessoa esvaziar o copo para oferecer novas doses. Isso ajuda a pessoa a manter o controle do quanto está bebendo.    

Alguns assuntos podem gerar uma situação desagradável, como por exemplo, política e religião. Nem todos compartilham dos mesmos interesses podendo gerar acaloradas discussões de pontos de vista. Uma refeição saborosa deve proporcionar momentos de relaxamento e confraternização, por isso qualquer tema que cause tensão pode interferir no apetite, na mastigação e na digestão. E, com certeza, ninguém deseja oferecer um jantar indigesto. 


Em qualquer situação é deselegante fazer comentários maldosos sobre os outros e, principalmente durante uma refeição, pode gerar mal estar entre convidados. Cabe à anfitriã ou anfitrião contornar com naturalidade quando percebe que um dos presentes inicia um assunto desagradável ou polêmico. Nesse caso deve se envolver na conversa com relativo interesse criando um link para um tema mais apropriado. E, se a pessoa insistir no assunto, deve oferecer-lhe mais vinho, chamar o garçon ou de algum modo a interromper a conversa iniciando outro assunto que seja mais leve e divertido.

Cabe também aos convidados saber transitar nos temas mais apropriados. Nunca se deve comentar sobre um prato servido comparando-o com outro servido anteriormente, pedir mais tempero ou sugerir acompanhamentos e bebidas. Isso pode ser considerado pela anfitriã como uma indelicadeza.

Também não se deve comentar sobre a preparação de alimentos, como se matam as aves e como se retira as penas. Não fale do sacrifício de porcos, bois e outros animais e nem sobre o aproveitamento de entranhas, que podem causar repulsa e mal estar. É igualmente desagradável comentar sobre hábitos exóticos de outros lugares onde se come insetos ou até mesmo sobre alimentos mais conhecidos como scargots, cobras e rãs.  

O momento da refeição é a oportunidade de alimentar o corpo e o espírito, por isso o tema das conversas deve girar em torno de assuntos agradáveis e construtivos. Um tema insuportável numa refeição é ouvir alguém falar de doenças, suas ou de outros, detalhando tratamentos e exames. E mesmo quando nos fazem perguntas sobre o nosso estado de saúde ou de outras pessoas de nossas relações é mais apropriado não estender o assunto. Se esteve doente, diga apenas que está se recuperando bem e elegantemente mude de assunto.

terça-feira, 26 de março de 2013

Festa temática cigana


As celebrações ciganas são belíssimas, repletas de danças, música, alegria e encantamento. Quem já teve a oportunidade de presenciar uma das legítimas celebrações ciganas sabe da beleza dos bailados, da força da música cigana e da ancestralidade de suas tradições que provocam uma emoção única. Uma festa para o povo cigano é uma celebração à vida, à alegria e a junção de todos os bons sentimentos com as boas coisas da vida. Por isso uma Festa temática Cigana oferece a oportunidade de conhecer o que há de mais admirável na cultura cigana, bem como de enaltecê-la. 

O tema permite criar convites bem criativos, sejam com símbolos ciganos impressos, como também em formato de pequenos baús de papelão, barril de madeira, caldeirão de cobre e outros formatos em miniatura contendo o convite. A mensagem no convite deve indicar o tema, bem como incentivar os convidados a usarem roupas ciganas. Também pode-se manter um stand junto à porta de entrada da festa para os convidados escolherem algum ornamento, como flores para o cabelo, colares, lenços, xales e outros, caso não venham vestidos a caráter. 

As grandes festas ciganas geralmente acontecem nas noites de Lua Cheia, quando o povo cigano canta e dança para celebrar a alegria de viver e a natureza que o rodeia, que é sua mais bela e generosa anfitriã. Para os ciganos o mais importante é interagir com a Mãe Natureza, respeitando seus ciclos naturais e sua força geradora e provedora.

As festas com o tema cigano são melhores quando realizadas ao ar livre e em lugares onde possa ter muitos elementos naturais como árvores, plantas e flores, além de local para uma fogueira, fogão de lenha, uma carroça enfeitada com flores tecidos e outros elementos decorativos. Quando realizadas em salões de festas a ambientação pode ser criada com rodas de carroças, tachos de cobre, lampiões, cestos de vime, leques, lenços, fitas, toalhas, cortinas e xales coloridos e estampados. As malhas de lycra tensionadas permitem criar um autêntico cenário cigano, seja em ambientes internos ou externos, como também servem para isolar ambientes. 


A cultura cigana sempre se manteve fiel às suas tradições e também envolve mistérios, principalmente quanto às suas magias que despertam a imaginação das pessoas. Para criar um clima esotérico, use tendas com tapetes, almofadas, cortinas de contas e uma mesa com bola de cristal, runas e baralho cigano.  

Outras práticas dos ciganos podem ser incorporadas à festa através de objetos que representem a Quiromancia - leitura do destino pelas linhas das mãos, a Cafeomancia - leitura do destino pela borra do café e elementos da Astrologia Cigana, tal como a representação dos signos. O misticismo e a religiosidade fazem parte de todos os hábitos da vida cigana e muitos objetos são usados como amuletos para atrair sorte, proteção e riqueza, mas também nos rituais para despertar a evolução interior.

Na ornamentação pode-se usar objetos com formato do sol, lua, estrelas, trevo de quatro folhas, ferradura, chaves, taças com água ou com vinho, moedas, medalhas, cristais, espelhos, velas, vidros de perfumes, bonecas ciganas, violino e pandeiro.  Para animar a festa,
contrate bailarinos ciganos e dê preferência à música flamenca, à rumba e ritmos gitanos.


A primavera tem sentido de fertilidade, por isso uma festa cigana tem muitas flores e frutas que tem grande significado para os ciganos, podendo ornamentar os aparadores, jarros nas mesas e na entrada da festa. Esculturas feitas em frutas e legumes dão um certo charme à mesa de sobremesa, podendo incluir além das frutas, nozes, pistache, amêndoas, damascos, docinhos, espetinhos e tortinhas de frutas.

Para os ciganos o ato de cozinhar é muito especial, porque através da comida acredita-se que se pode encantar outras pessoas usando ingredientes que tem um sentido próprio. Geralmente são servidos legumes, carnes e cozidos como o Charr Tsulhardo, a paella, ensopados, caldos e pães. A melhor opção para servir os convidados é o estilo franco-americana ou self-service a partir de um aparador central ou em lugares estratégicos onde estarão dispostos pratos, talheres e guardanapos, saladas e réchauds para pratos quentes. 



A bebida tradicional dos ciganos é o chá, a champagne, os vinhos e o tradicional punch com frutas. O chá cigano é servido quente sobre frutas frescas picadas e o vinho cigano pode ser servido tanto quente quanto frio, dependendo do clima.

O vinho quente é fervido com cravo e canela e depois acrescentado de frutas em pedaços. Ao vinho gelado acrescenta-se apenas laranja e folhas de hortelã. O Planter Punch Cigano é feito com suco de laranja e de maçã, rum, xarope de groselha e pedaços de maçã para enfeitar. Há outras receitas ciganas que podem ser incrementadas usando a imaginação.  

sexta-feira, 1 de março de 2013

Festa estilo Boteco



Quem conhece um boteco animado sabe que o clima é descontraído e divertido. Por isso esse é um tema ideal para celebrar um aniversário, casamento, despedida de solteiro, reunião com os amigos ou confraternização de final de ano com bastante informalidade e, com certeza, surpreeender seus convidados.
 

 

Os convites devem ser bem criativos, com desenhos de um boteco e frases divertidas que incentivem o comparecimento do convidado. E não esqueça de mencionar data, horário e local e enfatizar o caráter informal da celebração. 
 


Na entrada da festa, crie um ambiente tipo bristô: uma mesinha com dois bancos altos. Sobre a mesinha coloque um pequeno arranjo de flores junto de um cardápio onde tenha o nome da sua festa ou faça o nome do boteco em EVA ou cartolina colorida. Junto à entrada, coloque um quadro negro escrito por exemplo, "cervejas, petiscos e pinga da boa" ou alguns itens do cardápio ou frases curtas de boas vindas. 

Boteco ou botequim são termos derivados do grego apothéke que significa depósito, casa de bebidas ou loja, onde se vende mantimentos a granel e miudezas. Por isso, criar um ambiente de botequim é original, super fácil e econômico. No ambiente podem ser colocados alguns engradados de cerveja empilhados, barris de chope vazios, caixas com frutas e cartazes com propaganda de bebidas.    

 



Coloque mesas de botequim com forros xadrez ou estampados, decorando com paliteiros, saleiros, porta guardanapo de papel e vidros de pimenta nas mesas. Em cada mesa, coloque uma garrafa pequena com água e 1 ou 2 flores. Também pode ser criado um balcão com bancos altos e mesinhas que servem de aparador com vários bancos baixos em volta.  

Se optar por preparar drinks durante a festa, crie um balcão com bebidas e gelo. Para festas maiores, é indispensável baristas e garçons. Dê preferência ao copo americano que é mais característico dos botecos ou copos comuns. No caso do chope, é preciso o copo tulipa para não alterar o sabor da bebida.

E, assim como nos bares, use bolachas de papelão com um adesivo personalizado de sua festa para suporte dos copos. Invente também algumas batidas, caipirinhas de vários sabores, refrigerantes e água. Se for servir cachaça, procure uma que seja especial e de boa qualidade.




As comidas devem remeter às especialidades de boteco. Em diversas ilhas, distribua tira-gostos diversos como azeitonas, ovinhos de codorna cozido, cubinhos de salame, cubinhos de queijo ou mussarela regados com azeite e orégano, castanhas e amendoim torrado.

Para beliscar pode-se optar por bolinhos de mandioca, bolinhos de arroz, coxinhas de frango, polenta frita, mandioca frita ou cozida, carne picadinha ou linguiça refogada com cebola, caldinhos de feijão ou de mandioca. 


Use pratos pequenos, cumbuquinhas de louça e talheres num aparador, onde cada um possa se auto-servir à vontade. Porém não esqueça de ter uma pessoa que possa manter a mesa em ordem e sempre abastecida.  




Para a mesa de sobremesas, opte por um balcão com docinhos em barra, balas, pirulitos, chicletes, maria mole e suspiros colocados em bowls, num baleiro ou em vidros grandes. Também podem ser servidos capcakes, mini garrafinhas de chocolate recheadas com licor e copinhos de chocolate recheados com mousse.  Vide receita da garrafinha de chocolate no meu blog http://cozinhadatialucinha.blogspot.com.br ou Click aqui

Para animar a festa contrate um bom cantor solo com violão ou use uma seleção de músicas bem típicas de boteco. Uma sugestão é utilizar um DVD "Um barzinho e um violão" projetado num telão. Também pode-se optar por uma banda que transite entre o pagode, o sambinha, MPB e outras músicas. 




Como lembrancinha, ofereça uma miniatura de garrafa de cachaça junto a um cálice colocados em saquinhos de papel celofane ou cestinho de palha ou numa caixinha. Pode-se personalizar a miniatura e o cálice com o nome do seu evento e data ou anexar um cartão de agradecimento.  Se optar por algo mais sofisticado, ofereça um kit com várias miniaturas de bebidas ou algumas garrafinhas de chocolate recheadas com licor numa bonita embalagem.  

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Festa temática mexicana




Receber os amigos é um grande prazer, mas sem dúvida o maior prazer é criar um ambiente diferente e servir algo fora da rotina comum. Uma opção é a Festa temática ou Jantar Mexicano, cujo destaque está na diversidade de cores presentes não só na decoração dos ambientes como também na montagem dos pratos.

O México tem uma culinária conhecida por muitos condimentos, principalmente a pimenta, mas também é famosa pela riqueza de sabores e texturas. Não é por acaso que a gastronomia mexicana é a primeira na história a ser nomeada Patrimônio da Humanidade.

Extremamente criativa, a cozinha mexicana alia sabores fortes e infinitas combinações de ingredientes de maneira simples. Isso resultou da influência de nações indígenas milenares como os astecas e maias, associadas a novos ingredientes e técnicas trazidas por colonizadores europeus no século 16. 







Tortilhas: A base da culinária é o milho do qual são feitas as Tortilhas, a alma do México, que deram origem aos Tacos, Burritos, Fajitas, Tostadas, Enchiladas, Chimichangas, Flautas, Quesadilhas e Nachos.

As tortilhas são preparadas a partir uma massa feita com grãos de milho cozidos e triturados até formar uma massa consistente. Após modelada, é colocada sobre uma chapa quente até que fique dourada e flexível. Existem várias receitas.

Dizem que a tortilha surgiu de um hábito da antiguidade, quando muitos não tinham condições financeiras para comprar talheres, por isso é um meio prático para comer carnes picadinhas com molhos, feijões, purês etc. As tortilhas podem ser servidas quentes, frias, fritas ou tostadas, como também podem ser enroladas com diversos recheios como um crepe.




Pimenta mexicana: Apesar do México ter um clima muito quente, os mexicanos acreditam que comer muita pimenta equilibra a temperatura do corpo, fazendo com que não sintam o efeito das altas temperaturas. Isso deu notoriedade ao Chilli que é a maior expressão da combinação da terra com a cultura espanhola. Existem vários tipos de Chilli, o mais tradicional é uma mistura de carne bovina picadinha ou com feijões cozidos.

Outro prato tradicional é o Tamale, que são pamonhas recheadas, doces ou salgadas, enroladas em folha de bananeira ou papel alumínio, cozidas a vapor ou fervida em água.
O México é o país que mais utiliza o abacate na preparação de pratos salgados, um deles é o Guacamole que pode ser servido com tortilhas ou em forminhas feitas de massa.

Dos espanhóis veio o gosto pela carne preparada com vinho e pelos embutidos. Feijões fritos ao estilo mexicano e o Picadillo ou picadinho de carne, fazem parte de uma enorme lista de iguarias mexicanas assim como o Menudo, que é o tradicional cozido de dobradinha com molho. 






Chocolate: Autêntico prato da cozinha mexicana é o Mole Poblano. Apesar de ser exótico e saboroso, é muito trabalhoso na sua preparação. É uma especialidade culinária da cidade de Puebla que requer uma variedade enorme de ingredientes, inclusive o chocolate.

Segundo os antigos astecas, quem lhes deu o cacau e o Tchocolatl foi o deus Quetzalcoatl que personificava a sabedoria e o conhecimento. Segundo a lenda, Quetzalcoatl ficou velho e decidiu abandonar os astecas partindo para a terra do ouro. Antes de partir ele prometeu voltar a cada ciclo de 52 anos no caléndario criado para os astecas.

Naquela época, o Tchocolatl não era a bebida agradável de hoje. Era bastante amarga e as tribos geralmente misturavam com vinho ou com um purê de milho fermentado, adicionando especiarias, pimentão e pimenta. Talvez por isso tenha sobrevivido o costume de incluir o chocolate sem açucar em diversos pratos mexicanos.





Flores na culinária: Esse surpreendente universo gastronômico inclui também as flores que estão presentes na culinária mexicana desde os tempos pré-hispánicos. Cheiros exóticos, cores brilhantes e sabores refinados são as características básicas das flores para dar um toque sutil a diversos pratos. Um dos prazeres culinários são as pétalas de rosas douradas na frigideira sem azeite e salpicadas de açúcar até ficar crocantes. 

As flores são para os mexicanos um deleite à vista, olfato e ao paladar. E não são poucas as flores utilizadas como alimento. Os Aztecas costumavam combinar as flores com aves e peixes, comidas que eram desfrutadas pelos imperadores nas suas festas. Os homens que nasciam no mês dedicado a Xóchitl, deusa das flores, eram considerados alegres, inteligentes, criativos e inclinados à musica e aos prazeres. 

As flores contém valiosas vitaminas e são elegantes e sofisticadas quando usadas para embelezar pratos, por isso são apreciadas pelos grandes mestres da culinária. Dentre as flores na culinária que possuem valor nutritivo estão a Flor da abobrinha, a Capuchina, as pétalas da Calêndula, o Hibisco, a Tulipa e Amor Perfeito que combina com sobremesas. No entanto as flores usadas na culinária devem ser compradas em lojas especializadas, pois nem todas as flores são coméstiveis e algumas são até venenosas.






Bebidas mexicanas: O aperitivo nacional é a Tequila servida com limão e sal. Existem várias qualidades de tequila, como o branco de gosto forte e o mais usado para as bebidas preparadas. O idoso é mais escuro e suave. As marcas mais reconhecidas são o Tequila Cuervo, Sauza, Orendaín e Herradura Reposado.

Com a Tequila também prepara-se diversos coquetéis e drinks, como a Marguerita Clássica e o Tequila Sunrise feito com xarope de grenadine, suco de laranja, tequila e gelo, que produz um belo efeito colorido, do laranja o avermelho. Para servir os drinks são mais recomendadas as taças triangulares ou de long drink que permitem criar um belo efeito visual.

Basta umedecer as bordas da taça e mergulhar em açucar. Ponha o drink e enfeite com limão. Os sucos podem ser servidos com canudinhos temáticos ou enfeitados com frutas. Uma bebida popular no México são as cervejas que combinam bem com a comida mexicana, mas no caso de um jantar também pode-se servir vinhos para acompanhar as carnes. 

As opções de licores mexicanos são o Mezcal originário de Oaxaca, o Damiana que é um licor de ervas, Xtabentú que é um licor elaborado com mel e o Pulque, a bebida sagrada dos Aztecas. O Mezcal é uma bebida rústica e ganhou notoriedade por trazer dentro de sua garrafa a larva de um Gusano, inseto que desenvolve-se no meio das plantas do Agave. Há uma lenda que o homem que ingerir a dose final da garrafa irá acrescentar uma carga de coragem à sua masculinidade.

As frutas como laranjas, maçãs e goiabas, abacaxi, mamão, pêra, mangas servem não só para decorar mas também para preparar bebidas e sobremesas. Existem muitas sobremesas elaboradas como Jamoncillo de leite, Jericalhas uma espécie de flan, sorvetes e doces, mas a sobremesa preferida é a salada de frutas temperada com limão, pimenta ou canela. O suco de frutas misturado com água e açucar é uma opção popular chamada no México de Água Fresca.






Decoração: Numa festa mexicana não podem faltar na decoração folhas de bananeiras e os famosos sombreros, como também as decorações com pimentas, girassóis, fitas e luminárias de papel crepom em cores alegres como amarelo, vermelho, rosa, azul e verde limão.

As mesas forradas com toalhas estampadas e bem coloridas criam uma atmosfera típica, além de panelas de barro nos aparadores. A decoração pode ser complementada com cactos e garrafas vestidas com mini ponchos. Sombreros podem ser usados na mesa para colocar as tortilhas na abas.

O mexicano é um povo de hábitos muitos simples, mas conhecidos principalmente pelo seu jeito emotivo e alegre de ser que se popularizou através do Mariachi, os tradicionais grupos musicais do México.


Músicas latinas permitem criar um clima mexicano, incluindo outros ritmos pop como da Banda RBD, Café Tacuba e do guitarrista Carlos Santana. Para animar a festa, ofereça sombreros aos convidados e os grandes "bigodons" feitos de EVA ou cartolina. Como lembrancinha da festa, ofereça caixinhas com trufas de chocolate com pimenta. 



sábado, 2 de fevereiro de 2013

Segurança nos eventos


Promover um evento significa envolver muitas pessoas e, dependendo do porte do evento, é essencial planejar a segurança de forma a evitar ou minimizar riscos aos convidados e ao patrimônio envolvido. E por ser um dos itens mais importantes do planejamento é fundamental contratar profissionais devidamente qualificados, pois falhas na segurança podem gerar muitos transtornos.

Muitas pessoas pensam que a segurança está garantida apenas contratando um homem forte e com cara de mal, mas na verdade as coisas não funcionam assim. O que deve ser priorizado é a preparação necessária ao profissional para lidar com situações imprevistas, além de controlar a entrada, a permanência e a saída das pessoas. Seguranças bem treinados sabem como se comportar nas diversas situações de emergência, independente de instruções.

Outro detalhe que nunca deve ser desconsiderado é a quantidade de profissionais contratatos. Cada evento deve ter o número de seguranças suficientes ao porte e tipo do evento, como também em relação ao público-alvo. Em eventos de grande e médio porte é recomendável contratar a equipe de uma empresa que se responsabilizará pelo projeto de segurança. Isso proporciona a garantia de um trabalho bem feito e isenta o organizador do evento de algumas responsabilidades. 

Deve-se ter sempre em mente que seguranças de um evento não representam a polícia e não devem portar armas. A função deles é manter a ordem para o bom convívio das pessoas evitando abusos e a invasão de "penetras", bem como identificar atitudes e comportamentos suspeitos. No planejamento de eventos maiores, se for detectada a necessidade, deve-se encaminhar um ofício à Polícia Militar solicitando apoio policial. E mesmo que sejam eventos menores, é importante contar com o apoio da polícia caso no local exista um alto índice de assaltos e roubo de veículos.   

O local para a realização de um evento deve ser analisado também quanto às facilidades de acesso. Para isso deve-se proceder o levantamento da capacidade de estacionamento e das linhas de ônibus e taxis disponíveis. Quando o local tem acesso complicado, uma boa dica é anexar um mapa com indicações como chegar e os meios de transportes disponíveis, que podem ser anexados nos convites ou impressos nos materiais de divulgação do evento.

Caso seja disponibilizado o transporte, é preciso assegurar que o deslocamento dos convidados seja feito de modo confortável e seguro. Isso demanda verificar a documentação exigida por lei para circulação, assim como a habilitação e qualificação do motorista para lidar com os convidados. É essencial não esquecer de facilitar a acessibilidade aos portadores de necessidades especiais. 

Também é preciso prever se o evento irá ocasionar o aumento do fluxo de veículos. Nesse caso é necessário solicitar apoio ao Batalhão de Transito para que se possa orientar o transito. Se for utilizar manobristas é melhor celebrar um contrato com uma empresa que possua profissionais especialmente treinados, pois são os manobristas que fazem o primeiro contato antes do convidado entrar no evento. 

Incidentes envolvendo seguranças, porteiros, motoristas e manobristas são fatos que podem ocorrer durante um evento e pelos quais o gestor de eventos pode vir a responder judicialmente, se não estiver expresso em contrato a natureza específica da contratação. Além disso, caso não sejam bem preparados, podem arruinar um evento.  

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Prevenção de acidentes e sinistros em eventos


Gestores e produtores de Eventos organizam desde pequenos eventos sociais até mega eventos e, sendo o principal responsável, chama para si a responsabilidade sobre perdas e danos. Qualquer evento tem suas implicações legais que inclui responsabilidades pessoais, civis e criminais para as partes envolvidas, por isso é preciso ter o conhecimento da legislação e dos princípios básicos de direito, que pode ser a grande diferença entre o sucesso e o insucesso de um evento.

O uso do direito na realização de um evento implica fundamentalmente em observar as leis concernentes ao meio ambiente, à segurança e integridade física das pessoas, do local e de materiais. Para isso existem requisitos que devem ser preenchidos como ações para preservação do espaço utilizado, conservação de parques, jardins e áreas verdes, prevenção para evitar poluição sonora, congestionamento de trânsito e principalmente avaliação dos riscos de acidentes e sinistros como incêndio, desabamento, tumultos etc.

Para realizar um evento, independente do seu tamanho, seja em local público ou privado, é necessário ter a documentação obrigatória por lei. Conseguir um licenciamento para um evento não é tão complicado, basta fazer a requisição e entregar nos órgãos municipais. Os prazos para obtenção do alvará pode variar de uma cidade para outra, já que é regulamentado por uma lei municipal que está no código de postura da Lei Orgânica de cada município. O ideal é solicitar de 2 a 4 semanas antes.

Todo local contratado para a realização de um evento deve ter também o alvará de funcionamento atualizado, isso significa que os órgãos competentes procederam a fiscalização e constataram que a atividade exercida e o local atende a todos os requisitos exigidos por lei. No entanto, cabe ao Gestor de Eventos avaliar se realmente o espaço é suficiente para o número de convidados e se as medidas preventivas de acidentes e sinistros são adequadas, pois caso venham a ocorrer o Gestor de Eventos responderá solidariamente por eles.

O local da recepção além de confortável e elegante deve oferecer boa ventilação, local apropriado para bar, copa e cozinha, além de no mínimo 1 banheiro em boas condições de uso para cada 60/100 pessoas. O espaço livre do salão de festas, boate ou casa de diversão deve ter capacidade de 1,00 metro quadrado para cada 2 convidados. Quando se tem alguma dúvida deve-se recorrer à orientação do Corpo de Bombeiros, pois o compromisso com a saúde e segurança dos convidados e empregados que participam de um evento vem antes da produção, afinal pessoas são mais importantes do que resultados e bens materiais. 

Contratar um seguro é um meio do Gestor de Eventos garantir as possíveis reparações de danos. Existem coberturas não só para danos materiais ou corporais causados a terceiros durante o evento, mas também para danos causados ao local, cancelamento, adiamento, interrupção de shows gerados pela ausência dos artistas ou palestrantes ou por condições adversas que provoquem perda forçada de público. Algumas seguradoras garantem inclusive a devolução do valor pago para ingresso em eventos cancelados, adiados ou interrompidos, que é um direito do consumidor.

O fogo é a maior ameaça identificada nos eventos e devem ser usados todos os meios técnicos e organizacionais a fim de tentar evitar, controlar ou extinguir o fogo bem como um plano de evacuação em casos de emergência. As saídas de emergência devem ser sinalizadas e a quantidade de portas será definida pelo número de pessoas presentes dividido pela capacidade de passagem, de modo que seja possível a saída de todas as pessoas em no máximo em 3 minutos.

A norma 9077 da ABNT dispõe sobre saídas de emergência e a distância máxima a ser percorrida até a área de escape, servindo de base para as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros.
Fundada em 1940, a ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o órgão responsável pela normalização técnica no Brasil fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. 

A obediência a uma norma técnica, tal como norma ISO ou ABNT, quando não referendada por uma norma jurídica não é obrigatória. No entanto, minimizar os riscos aplicando procedimentos preventivos demonstra profissionalismo. Prática e teoria são elementos interdependentes e tratar riscos e segurança apenas de forma empírica demonstra amadorismo, gerando graves consequências que podem não envolver apenas perdas materiais e financeiras, mas também perdas humanas. 



domingo, 20 de janeiro de 2013

Festa Black Tie



Uma Festa Black Tie tem destaque pelo glamour, requinte e elegância. Black significa preto e Tie é gravata, ou seja, Festa da Gravata Preta. Esta expressão foi criada para designar o Smoking, um terno com algumas características especiais usado com a tradicional gravata-borboleta preta.

Quando nos convites se especifica "Traje Black Tie" indica que os anfitriões esperam que os homens usem Smoking e as mulheres usem vestidos de festa. Se especificar "Traje Black Tie opcional" pode ser usado um terno comum porém com gravata. E mesmo que não haja indicação do traje, se a festa é Black Tie já traduz o traje a ser usado.

Para esse tipo de festa esqueça os conjuntos de saia e blusa, terninhos, shortinhos, calças compridas, calças jeans, camisa polo e tênis. Vestir em desacordo com o traje solicitado mostra quebra de protocolo e pode caracterizar desconsideração com o evento e seus anfitriões. Se não for uma transgressão muito ousada, provavelmente os anfitriões não irão recusar a sua entrada no evento, mas há o risco de se sentir constrangido diante de olhares e comentários de outros convidados.




Geralmente o Smoking é um terno preto com gola e lapela em cetim que teve origem em 1860 quando o Príncipe de Gales encomendou um casaco para trajar em um jantar. Seu traje impressionou tanto, que outros copiaram o design. Smoking é um termo que deriva do Smoking Jacket, um vestuário que se usava no passado enquanto se fumava tabaco para que o cheiro não invadisse as outras roupas.

O Smoking completo tem uma tradição do casaco curto com lapelas em seda ou cetim, camisa branca com frente trabalhada, uma faixa na cintura ou colete preto, gravata borboleta de seda, meias pretas e sapato clássico preto de verniz. É usado exclusivamente à noite para festas, bailes e jantares. O traje equivalente para ser usado durante o dia é o meio-fraque.

De modo geral a maioria dos homens vestem quase iguais optando pelo tradicional paletó de 1 botão. Para os mais exigentes que preferem diferenciar-se, existem alguns modelos opcionais que demonstram gosto refinado e a elegancia no vestir pela qualidade do tecido, com corte e caimento feito em alfaiataria. Por serem raros os convites para festas Black Tie, poucos são os homens que mantém um Smoking no guarda- roupas e a maioria prefere alugar um traje semi-novo.




Para as mulheres há uma gama maior de escolhas, podendo ser vestido curto ou longo desde que sejam confeccionados em tecidos nobres como seda, tafetá, shantung, rendas finas, musselines, metalizados em cores vibrantes ou o preto básico. Bordados e brilhos são bem apropriados à ocasião. O importante é a elegância e sofisticação.

O vestido longo naturalmente proporciona elegância permitindo realçar os decotes mais ousados, fendas, drapeados etc. Nesse caso exige-se que o vestido cubra o salto alto. Nos acessórios, pode-se abusar das joias de pedras preciosas ou brilhantes, semi-joias ou maxi-colares com pedras falsas. Um complemento indispensável é uma carteira flat ou tipo box que é mais atual e moderno, não sendo necessário ter a mesma cor do sapato. No inverno é mais apropriado echarpes, peles e estolas, desde que tenham boa qualidade.

Vestir-se bem significa vestir-se com conforto, com uma roupa que seja ligada à própria personalidade. De nada adianta um lindo vestido no qual se sinta desconfortável. Muitas vezes o traje ideal já existe no guarda-roupa bastando variar a produção com alguns detalhes e acessórios. É fundamental saber andar de salto para demonstrar elegância e quem não estiver acostumada precisa treinar o andar em casa. Outro detalhe é evitar o sapato apertando os pés, o que poderia arruinar todo o seu divertimento. 




Atualmente são servidas mini-porções com serviço volante, ou seja, os garçons servem transitando entre os convidados. Se a festa incluir uma refeição completa, com certeza será um jantar refinado servido à Sur Assiette ou empratado que é precedido por um cocktail com aperitivos. Nessa modalidade os pratos já vem elaborados da cozinha e em algumas ocasiões os garçons consultam a preferência dos convidados diante de duas opções.

O menu geralmente é composto de um prato de entrada com uma salada, um prato de massas e um prato de carne acompanhado de uma guarnição. Serão usados primeiro os talheres mais distantes do prato que estarão na ordem dos pratos a serem servidos. Os talheres de sobremesa estarão acima do prato ou podem vir quando for servida a sobremesa. O guardanapo deve ser desdobrado e colocado no colo. Ao final da refeição basta colocá-lo ao lado do prato sem dobrá-lo novamente.

A cada iguaria servida, os pratos individuais vão sendo substituidos. As mulheres são servidas primeiro e depois os homens. É educado e elegante aguardar até que todos da mesa sejam servidos para começarem a refeição juntos, exceto se houver excessiva lentidão que possa deixar a comida perder seu calor e igualmente seu sabor. Tratando-se de longas mesas com dezenas de convidados, basta aguardar que pelo menos os comensais à frente e ao lado já tenham sido servidos.

É preciso estar atento aos lugares marcados para não cometer a deselegância de ocupar o lugar destinado a outras pessoas. Ao se acomodar para o jantar é preciso evitar uma postura muito reta e tensa. O ideal é ser natural, sem colocar os cotovelos na mesa ou curvar-se sobre o prato. É permitido descansar os punhos na mesa, desde que não tenha os talheres apontados para cima como se fosse estivesse numa guerra.

É educado evitar gestos com talheres em mãos. Ao usar a colher para tomar sopa ou um caldo movimenta-se a colher no sentido de dentro para a borda do prato. Toca-se os lábios com a lateral da colher sem colocá-la inteiramente na boca. Nem é preciso dizer que não se aspira o caldo para não provocar ruídos e nem precisa tomar até a última gotinha de sopa. 

Não se inclina sobre o prato e também não se tenta ajeitá-lo para ter uma posição melhor. O prato deve ser mantido na posição em que foi servido. Não se mistura a comida no prato; apenas recolhe-se com o garfo porções de vários ingredientes. O garfo só se distancia do prato quando for levado à boca e a faca permanece sempre junto ao prato, sendo usada somente para cortar e nunca para empurrar a comida. 




Corta-se a comida com o garfo na mão esquerda e a faca na direita. Em seguida, a faca é disposta no canto superior direito do prato com a lâmina voltada para dentro. Leva-se a comida à boca com o garfo na mão direita. Essa disposição é usada no Brasil e na grande maioria dos países, exceto na França e nos países de cultura francesa onde se come com o garfo na mão esquerda e se usa a faca sempre com a mão direita.

O pão sempre é colocado no pratinho de pão que estará acima do prato à esquerda. Não se corta o pão com a faca, o pão deve ser partido e levado à boca com as mãos. Também não se cortam legumes, croquetes ou tortas que devem ser partidos com o garfo. Um cuidado especial é não forçar o corte evitando assim que a faca possa colidir com o fundo prato ou que sua carne vá parar sobre a cabeça de seu vizinho.

Jamais os talheres poderão ser apoiados na mesa quando não estiverem sendo usados ou quando terminar a refeição. Enquanto se está comendo, os talheres devem ser mantidos sobre o prato e ao terminar, devem ser dispostos lado a lado sobre o meio do prato, com os cabos voltados para o lado direito. A próxima iguaria a ser servida já tem o talher apropriado disposto na mesa. 

Somente se repete uma iguaria caso seja oferecido pelo garçom uma segunda vez. Numa refeição em que serão servidos vários pratos a fome nunca será aplacada apenas por um deles. Sempre um prato será precedido por outro que o complementa incluindo a sobremesa que será servida ao final. É deselegante solicitar sal, pimenta, azeite ou qualquer outro tempero. No entanto, se a galheta estiver sobre a mesa pode ser usada desde que antes se prove a comida. Não se deve comentar e nem fazer comparações sobre a comida ou bebida e mesmo que alguém inicie algum comentário, é educado direcionar a conversa para outro assunto.

O peixe é um alimento macio e a faca sem corte serve para ajudar a separar os pedaços e as espinhas juntamente com a reentrância do talher de peixe na forma de espátula. Comer peixe num jantar exige cuidado para não engasgar com uma espinha que podem causar lesões. É preciso assegurar-se de que a porção a ser levada à boca esteja livre de espinhas, mas caso ocorra um acidente deve-se pedir licença e sair. O guardanapo deve ser deixado à direita do prato e somente deve-se levar o guardanapo protegendo os lábios se isto se fizer irremediavelmente necessário. 





Durante a refeição é elegante conversar com os vizinhos mais próximos, mas nunca com a boca cheia de alimento. Deve-se mastigar com calma mantendo os lábios unidos, sem mostrar ansiedade para participar da conversa. É essencial manter o bom humor, porém sem excessivo entusiasmo. O interesse na conversação pode ser demonstrado só pelo olhar. E, quando há artistas, políticos e outros celebridades, eles podem ser cumprimentados desde que se evite momentos inoportunos e não se alongue demais a conversa. 

Uma norma ajuda aos inexperientes: seja brando ao falar, vigie seu semblante e não abuse das bebidas alcóolicas. Sempre é preciso estar atento para não cometer imprudências à mesa, não se mostrar alheio ao que ocorre na mesa e evitar tossir, espirrar ou retocar a maquiagem mesmo que já tenha terminado o jantar.

Partes não comestíveis como caroços e ossos devem ser devolvidos ao prato aproximando o garfo até os lábios. Exceção são as espinhas de peixe que podem ser retiradas entre os lábios com a mão. Em qualquer caso deve-se proteger o gesto ocultando com a outra mão. No caso das frutas comidas com as mãos, as sementes podem ser apanhadas na boca com os dedos. Todos os resíduos devem ser colocados no canto do prato que está usando e nunca no pratinho de pão ou sobre o forro da mesa. 




Os copos usados durante o cocktail não devem ser levados para a mesa de refeição. Cada prato será acompanhado da bebida escolhida pelo anfitrião, por isso é desegante pedir ao garçom bebidas destiladas ou alcoólicas doces. Também não se pode solicitar açucar, adoçante ou gelo para colocar no vinho.

Quando no início do jantar é servido champagne ou espumante, geralmente essa será a bebida durante todo o jantar, podendo ser servido o vinho para acompanhar alguns tipos de carne. Além da taça flute para o champagne, haverá outras 3 taças dispostas da esquerda para a direita: a maior é para água, a média para vinho tinto e a menor para vinho branco.

Durante o jantar serve-se primeiro a água depois os vinhos de acordo com os pratos. Embora não haja regras muito fixas, em geral o vinho branco, espumante ou champagne acompanha  os pratos à base de peixe, mariscos, etc. Os vinhos tintos acompanham os pratos de carne, legumes ou aves. Não é obrigatório beber todos os vinhos podendo preferir somente a água.

Na hora do brinde basta erguer a taça um pouco acima, depois que a pessoa que comanda o brinde terminar de falar algumas palavras sobre o momento. Em reuniões íntimas, vale encostar levemente as taças das pessoas que estiverem mais perto, não sendo necessário debruçar sobre a mesa para brindar com os convidados distantes.

Dizer "tintim" faz parte do brinde e só se começa a beber depois de feito o brinde. Uma vez feito o brinde é obrigatório que a pessoa prove um pouco da bebida, não sendo elegante colocar o copo sobre a mesa sem beber. Geralmente são servidas duas sobremesas e em seguida é servido o café em outro ambiente acompanhado de bombons e licores, porém deve-se aguardar que o anfitrião se levante da mesa primeiro.

Quando há intenção de prolongar a festa por mais tempo, às vezes no final da refeição principal é colocado à disposição dos convidados um buffet de doces, queijos e bar aberto. Saber frequentar ambientes requintados está muito além do saber utilizar os talheres de forma impecável. A simplicidade nos gestos, discrição nas conversas e boa educação valem muito mais. Extravasar é mais apropriado para o carnaval...

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Vinho, é preciso saber escolher


Com uma história que remota a 6000 a.C., o vinho possui uma longa história. Surgido na Grécia, era uma bebida muito consumida na época dos romanos antigos e tem desempenhado um papel importante em várias religiões desde os tempos antigos. Dentre todas as bebidas, o vinho desperta paixões em viticultores, enólogos, enófilos e sommeliers. 

Uma das fases mais cultuadas é o processo de envelhecimento que ocorre na grande maioria dos vinhos tintos. Esta fase realizada em barris de carvalho ou na garrafa, permite que o oxigênio passe pelos poros da madeira ou da rolha da garrafa fazendo com que o vinho adquira seus aromas, cor e sabores. E para que ocorra de forma correta, é imprescindível o uso de barris de boa qualidade ou o armazenamento da garrafa em locais adequados, com pouca luz e ambiente climatizado.

A enologia é uma ciência moderna que reúne o conhecimento científico sobre o vinho, principalmente sua elaboração, controle de qualidade e análise sensorial que usa três dos cinco sentidos, visão, olfato, paladar, para avaliar as características ou atributos do vinho. Um desses atributos são seus efeitos sobre a saúde. Acredita-se que consumido moderamente, o Resveratrol presente no vinho tenha efeitos benéficos à saúde, juntamente com outros compostos, como polifenóis, antioxidantes e flavonóides.

O Resveratrol é produzido naturalmente pela pele das uvas em resposta à infecção por fungos, incluindo a exposição às leveduras durante a fermentação. Como o vinho branco tem contato limitado com as peles das uvas durante o processo, contém quantidades menores de Resveratrol. Recentes estudos reveleram que tanto o vinho tinto quanto o vinho branco contém efeito antibacteriano sendo eficazes contra Streptococcus, porém é preciso cuidado com alguns efeitos nocivos.
 
Dionísio utilizava o vinho para induzir alterações na mente das pessoas
Quando consumido em grande quantidade, um dos seus possíveis efeitos é a retenção de água no organismo devido ao percentual de álcool presentes no vinho. O alcool pode ainda ter uma ação diurética e causar desidratação, mas além dos efeitos do álcool há de se considerar os efeitos dos aditivos empregados na fabricação do vinho.

É uma prática universal a adição de sulfito ao vinho para ajudar sua conservação e somente quando consta no rótulo "Sem sulfito", é que se pode saber que o vinho não teve adição desse produto químico. A adição do sulfito é importante para a indústria do vinho devido ao seu poder de matar bactérias e seu efeito anti-oxidante. No entanto, mesmo sem adição de sulfito, ele faz parte em pequena quantidade do processo de fermentação. Por isso, praticamente não há vinho inteiramente livre de sulfitos.

Muitos fabricantes dizem que o sulfito, além de comprometer a saúde do consumidor, sua ação esterilizadora destrói a vitalidade do vinho tirando o seu aroma. Algumas pessoas são mais sensíveis ao sulfito que outras e as que não toleram essa substância química tem dor de cabeça, enjôos e até reações alérgicas ou crises de asma. O sulfito é considerado o principal responsável pela "ressaca". Vinhos mais doces ou suaves necessitam de doses ligeiramente maiores de sulfitos. Isso explica porque algumas pessoas toleram melhor o vinho seco ou demisec do que os vinhos brancos ou vinhos doces em geral.

Um substituto para o sulfito como estabilizador do vinho é o sorbato de potássio que também tem a propriedade de deter a fermentação, mas na opinião de muitos ele agrega cheiros desagradáveis e gosto ruim ao vinho. A dor de cabeça também pode ser provocada por outras substâncias além dos sulfitos e que também são produtos da fermentação. O acetaldeído, formado durante a fermentação alcoólica, também é considerado responsável pela dor de cabeça. Com o envelhecimento do vinho esses compostos podem ser neutralizados, por isso deve-se evitar consumir vinho novo de certas uvas que requerem envelhecimento, tal como os vinhos tintos e os da uva Chardonnay. Quanto mais envelhecidos, são melhores.

Para prevenir a ressaca, além da moderação no consumo deve-se evitar tomar o vinho com o estômago vazio, dando preferência aos alimentos ricos em gordura e proteína para acompanhamento. Mal estar e náuseas também podem ocorrer quando se mistura vinho com outras bebidas ou quando se toma vinho doce como acompanhamento de comida salgada. Ressaca e dor de cabeça se cura com analgésico, porém copos de água ou uma boa sopa que possa repor o sal e o potássio perdidos na desidratação ou um café expresso são soluções populares. Porém soluções caseiras nunca substituem a opinião de um médico.

Uma das boas regras para se degustar o vinho é tomá-lo alternadamente com a água. Onde houver uma garrafa de vinho, deve haver uma jarra de água fria ou gelada. A principal razão é que o vinho pode ser refrescante mas não hidrata. Outra função da água é limpar as papilas degustativas removendo o sabor do alimento. Vinho só dá dor de cabeça quando não se sabe escolhê-lo e tomá-lo.


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