terça-feira, 26 de outubro de 2010

Comunicação eficiente e apresentação em público



A Comunicação é uma peça essencial na consolidação e divulgação da identidade das empresas e das pessoas, e é na sua essência, uma transmissão de emoções, comportamentos e ideias, utilizando um manancial de sistemas e ferramentas, dos quais se destacam a simbologia, a semiótica, a escrita, as telecomunicações, entre outras. Através dela damos corpo às ideias, uma resposta aos sentidos, e estruturamos iniciativas tendo como essencial objetivo a capacidade de concentrar a atenção dos interlocutores sobre uma mensagem bem elaborada.

Estabelecer uma comunicação eficiente depende de um aperfeiçoamento contínuo de alguns atributos que possam torná-lo um bom orador. A aplicação diária de alguns conceitos permite evitar erros que são comuns durante uma conversa ou transmissão de informação. Durante a comunicação você transmite mensagens:
  • 60% através de sua expressão corporal;
  • 30% através da voz
  • e apenas 10% através das palavras.
Ou seja, a sua expressão corporal denuncia antes o que você vai dizer: pelo seu semblante, seu olhar, seus gestos, posição do corpo etc. Muitos candidatos políticos perdem sua eleição por não dominarem a comunicação, não conseguindo convencer seus eleitores quanto às suas propostas e ideias.




Expressão Corporal

A expressão Corporal é o movimento do corpo, o jogo fisionômico, que fazem a comunicação não-verbal e que são mais
notadas pelo interlocutor. Existem atitudes que devem ser evitadas, como por exemplo:
  • falar com mãos nos bolsos, cruzar os braços ou entrelaçar as mãos nas costas, denuncia que você não está disponível para ouvir, negociar ou se envolver na comunicação. Indica uma barreira entre você e seu interlocutor.
  • Fazer gestos abaixo da cintura ou acima da linha da cabeça, altera o campo de atenção do seu interlocutor.
  • Colocar os cotovelos na mesa ou apoiar a cabeça com as mãos, indica também pouca tolerância ou pouco interesse.
  • Executar gestos involuntários, como coçar a cabeça, mexer no cabelo, mexer em alianças e pulseiras, brincar com canetas ou papéis sobre a mesa ou com o fio do microfone; indica ao interlocutor uma concentração dirigida a outros pontos, o que sugere interrupção da conversa.
  • Estando sentado, evite cruzar as pernas, indica tensão na comunicação. Esticar as pernas, jogar o corpo para trás, ou pender o corpo para um dos lados ou se apoiar no braço da cadeira, denota uma má vontade, uma indisposição para se comunicar.
  • Mesmo que você esteja apenas ouvindo, como por exemplo uma palestra, as suas atitudes são observadas pelo palestrante. Um artista sabe muito bem ler essas mensagens de sua platéia.


A comunicação também se faz através do que você usa, como se veste, a composição geral, a adequação ao seu tipo corporal, as cores de sua roupa, os detalhes de seus acessórios, estilo, a qualidade do que você usa, o seu cuidado pessoal e higiene, etc. Embora muitas vezes não seja a própria verdade, a aparência transmite uma mensagem não-verbal muito importante sobre você. Vide artigo sobre imagem social e profissional. Click aqui




Expressão verbal

Suas palavras devem encontrar respaldo no que você diz; seus atos devem estar de acordo e se apoiar no tema da sua
conversa. Os movimentos do seu rosto, a forma de olhar, o tom de voz, seus gestos, seu modo de vestir nunca poderão estar contradizendo o que você diz. Comunicar é transmitir informação e pensamento, e o maior responsável pela comunicação é quem informa e transmite. Se alguém não o entende, provavelmente você não está sintonizando com o seu interlocutor, ou não está transmitindo o seu pensamento de forma adequada.

Quando nos propomos a conversar ou discursar sobre determinado assunto, devemos estar consciente de que deve
existir um embasamento em informações concretas o que demonstrará o domínio do assunto tratado. Um desembaraçado comunicador não acrescenta dados. Se você tem disponível muito mais informações do que aparentemente será necessário repassar, você nunca será surpreendido por uma pergunta.

Ler, pesquisar sobre o
assunto, processar e esquematizar o que você quer repassar, é a forma correta de não se perder no assunto durante um discurso. Jamais minta ou fale sobre algum assunto que não tenha amplo domínio, pois isso é bem percebido pelo público, mesmo que tente disfarçar.

A aceitação de suas ideias é um processo que envolve compreensão e confiança, atingindo o convencimento. Nela
interagem a naturalidade, a espontaneidade, o ritmo da fala. É muito fácil perceber os artificialismos, que geram desconfiança de propósitos e criam barreiras em sua argumentação. Mas ser natural não quer dizer que possa negligenciar as regras gramaticais e incorrer em erros de linguagem.

Os defeitos de estilo e incorreções de linguagem
podem ser combatidos com estudo, experiência, disciplina e trabalho persistente. Trata-se de um aperfeiçoamento contínuo de dicção, postura, gestos e vocabulário, sempre buscando desviar-se ao mínimo das características pessoais. Mas é preciso entender a diferença entre conversar e falar em público, porque à frente de uma pessoa você tem mais condições de observar o impacto do que você diz, de modo a interagir com seu interlocutor; enquanto numa platéia, você estará informando, transmitindo um pensamento, e muitas vezes há uma maior dificuldade de interagir com o público.

Envolver-se na comunicação é ter emoção que se revela pelo entusiasmo com que se dedica a transmitir ou
defender uma idéia. A sua proposta deve ser de interpretar a sua verdade, transmitindo-a com a força da importância que ela representa. No entanto, você perde o poder de comunicação se não houver autocontrole, pois o excesso de emotividade em um discurso, pode ser considerado como nervosismo e descontrole. Todo artista e apresentador de sucesso sabe bem disso.





A voz humana é produzida pela vibração do ar que é expulso dos pulmões pelo diafragma e que passa pelas pregas vocais e é modificado pela boca, lábios e a língua; resultando na articulação de partes dos aparelhos digestivo e respiratório, o que acaba por movimentar todo o
organismo que funciona e se expressa por meio da voz. Por isso que, através da fala, é nítido o nervosismo, a pressa, a hesitação, quando estes componentes psicológicos e seus contrários estiverem presentes. Dessa forma é importante saber controlar a respiração, que é constituída de inspiração e expiração.

A respiração deve ter seu fluxo normal para fazer vibrar as cordas vocais e produzir a voz. Quanto mais aproximado for
o som ouvido no gravador da voz que toda pessoa se atribui, mais eficiente está sendo feito este processo. Várias técnicas são desenvolvidas por fonoaudiólogos para esta conquista. Diz-se que a voz mais natural é aquela projetada na parte que vai da sobrancelha até a boca, numa concentração e emissão de ar sem esforço. Um teste comum é cantar com a boca fechada uma determinada melodia e sentir vibração no nariz e próximo da boca, pontos onde o ar deve ressonar com a mesma intensidade.




Vocabulário e apresentação

A pronúncia correta é um dos meios para ser compreendido em qualquer idioma. É muito fácil acomodarmos e
passarmos a omitir sons de silabas ou até de palavras inteiras, no entanto encontraremos maior dificuldade em sermos atendidos em nossas solicitações ou entendidos em nossos discursos, além de que perdemos a credibilidade no que desejamos comunicar. Uma pessoa que conversa de forma clara, bem pontuada, a respeito de assuntos relevantes, objetivos e concretos, desperta muito mais atenção e consideração para ser ouvida.

As linguagens regionais também podem interferir
no processo de comunicação; é como conversar num dialeto incompreensível. Por isso, essas expressões específicas de regiões, simplificação de palavras, gírias e costumes populares devem ser abolidos, sem no entanto, perder a naturalidade. Os sotaques não são tão perturbadores, desde que não altere a mensagem.

O volume da voz deve ser adequado ao ambiente, à sonorização e às condições acústicas. O ideal numa conversa é saber
moderar o volume de acordo com quem ouve. Se as pessoas estão perto, não precisa falar alto; se estão distantes, aproxime-se mais delas. Diante de uma platéia, utilize um microfone. A voz alta demais é irritante; a voz baixa gera desatenção e desinteresse.

A velocidade da fala, a respiração, a pronúncia e a emotividade de cada pessoa determinam a rapidez ou lentidão da voz, e também interagem na mensagem transmitida. Moderar a velocidade, saber dar pausas para respirar, pronunciar corretamente e controlar as emoções, ter coerência entre gestos e fala, e ter naturalidade, é um conjunto de medidas que podem torná-lo um bom comunicador.

Melhorar a comunicação é questão de treino; se tem dificuldade de
pronunciar algumas palavras, repita-as várias vezes até superá-las. Repasse informações importantes pelo menos duas vezes; aprenda termos diferentes para dizer a mesma coisa, assim você será melhor entendido e compreendido. Ao falar em público, saiba que as pausas criam suspense, e então poderá reiniciar dando ênfase e energia às suas últimas palavras para recapturar eventuais atenções perdidas e dar idéia de sua reflexão.

A alternância de volume e velocidade
da voz tendem a causar boa impressão na platéia, desde que se mantenham requisitos de boa pronúncia, mas as pausas só devem ocorrer quando é necessário destacar argumentos do assunto ou fixar uma idéia. Pessoas que falam com muitas pausas transmitem insegurança.

As palavras adquirem sentidos distintos pela forma da pronúncia em relação ao discurso, ou seja, nos momentos
oportunos, coloque maior inflexão de voz e sentimento a partir da forma de pronúncia em relação às demais da mesma frase. A idéia é de que esse destaque auxilia na comunicação através da intensidade, pausa silábica ou a pausa silenciosa.

O vocabulário é a quantidade e qualidade de palavras conhecidas pelo orador, que vai facilitar a sua desenvoltura, clareza e sucesso de um pronunciamento, da expressão de ideias, da articulação do raciocínio em frases. A amplitude deste repertório-base é conquistada com muita leitura, testes de substituição de palavras de um texto por sinônimos, análise de discursos e atenção a tudo que for ouvido. É isto que diferencia as pessoas, notadamente se souber ser aproveitada na expressão oral.

Deve-se evitar ao máximo, diante de uma plateia, gírias e palavrões, assim como ditados populares, piadas e chavões, que podem causar mal entendidos. Em alguns casos até pode haver espaço para tal, mas nem sempre pode ser apropriado. Tenha sempre em mente que, toda palavra pronunciada diante de muitas pessoas ganha maior força e tem maior impacto.

É de bom senso evitar excessivos termos pouco comuns, clássicos ou técnicos, com exceção quando se
tratar de assunto em que todos tenham a mesma compreensão técnica. Caso seja necessário utilizar um termo técnico ou de outro idioma, que se faça as devidas explicações a respeito. Além disso, conhecer o perfil do seu público ajudará a expressar o vocabulário adequado; bem como o local de sua apresentação e os objetivos que se deseja alcançar.

Mesmo para aqueles que detém um vasto vocabulário, há de se evitar os ruídos que interferem na comunicação, que são
os casos típicos daqueles que terminam uma frase sem apresentar uma conclusão ou se perdem no discurso, entrando em outros assuntos sem ter concluído o primeiro. E esteja atento ao seu interlocutor ou à sua platéia, evitando maneirismos e tiques entre palavras e frases: hããã... aaa... hummm... ou perguntar: entendeu? né? pois é? Restrinja a repetição de um mesmo termo seguidamente: Desse modo... Então... Dessa forma... Assim sendo... são ruídos típicos que podem causar irritabilidade ao longo de uma palestra, discurso ou de uma conversa.




Equipamentos auxiliares de comunicação

Num discurso ou pronunciamento em que haja um público maior é necessário um equipamento de sonorização adequado e que deve ser testado com muita antecedência, para evitar aqueles ruídos insuportáveis de teste, ou interrupção da palestra para adequar o sistema. O ideal é falar ao microfone mantendo-o 10 centrimetros distante da boca, abaixo do queixo. Os microfones de pedestais são flexíveis e normalmente regulados com ajuda da equipe de som do evento.

Os sistemas de lapela são fixados por um técnico e basta o cuidado de não baixar o rosto por qualquer motivo, porque a maior proximidade com o aparelho ultra-sensível aumenta consideravelmente o volume da voz. Com ele, comentários paralelos são impraticáveis. E tenha o cuidado de colocar-se à vista da platéia, estando um pouco mais alto.

Dominar o conteúdo de uma apresentação, preparar-se, ou seja, fazer um pequeno ensaio, preparar materiais
auxiliares, são tarefas básicas que restringem qualquer improviso. É muito fácil se perder nas idéias, por isso, a estrutura de sua apresentação lhe darão e aumentarão sua segurança. Existem diversos recursos auxiliares que podem ilustrar sua apresentação: quadro magic white, flipchard, projetor de slides, vídeos etc., no entanto, nunca devem substituir seu discurso.


Falar em público

Falar em público é um processo angustiante, mesmo para profissionais acostumados à oratória. Percebe-se que, às vezes, o discurso simplesmente trava e os motivos são vários, desde uma indisposição física até a uma preparação inadequada. Nessas horas os sentimentos irracionais tomam conta e criam uma ciranda de emoções difícil de conter. A voz falha, as pernas tremem e o suor escorre.

Durante uma apresentação ou discurso, você tem uma única oportunidade de ser compreendido. Se você perder o "fio da meada", talvez seja difícil de recuperá-lo. E ainda que consiga fazê-lo, talvez seu público já não consiga acompanhar o seu raciocínio. Por isso discursos de improviso devem se restringir a poucas e simples palavras e apenas durante um breve momento.

Uma estrutura simples e clara é a melhor maneira de transmitir sua mensagem. Aprender a falar em público é o segredo para escapar do vexame e do frio na barriga, e está no treino e na persistência. Os fracassos em discursos geram traumas difíceis de superar, e assim, melhor é evitá-los. Há três coisas que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida: de ficar calado...

sábado, 23 de outubro de 2010

Churrasco



Todo brasileiro adora curtir um churrasco junto à família, amigos e vizinhos, aproximando-os, sentindo o calor humano ao lado de uma churrasqueira. Um bom e divertido churrasco, preferencialmente é sempre realizado em áreas externas, onde as pessoas possam curtir um dia ensolarado junto da natureza. Mas se você mora em um apartamento, também pode fazer um churrasco, desde que utilize uma churrasqueira elétrica ou a gás.

Assim como um almoço formal, um churrasco também tem algumas regras, existindo alguns segredos que, se observados, podem torná-lo inesquecível. É imprescindível que o local seja adequado ao número de convidados, e ofereça conforto e descontração. É um tipo de almoço ou jantar que dispensa formalidades, porém não dispensa a etiqueta social e hospitalidade.

Os convidados devem ser recebidos com a disponibilização de mesas e assentos suficientes para todos. Se não houver espaço suficiente para muitas mesas, pelo menos os assentos e aparadores para copos. Nenhum convidado se sentirá confortável quando estiver comendo de pé, com o prato, copo e talheres nas mãos.

Um aspecto constrangedor é servir a carne aos convidados, apresentando-lhes o espeto para que peguem a carne assada com as mãos. Além de correr o risco de provocar queimaduras nas mãos dos convidados, remete a um antigo costume dos trogloditas. Outro costume que provém dos americanos, é utilizar copos, pratos e talheres descartáveis. Atualmente é tão barato alugar pratos de louça, copos de vidro, talheres, mesas e cadeiras, forros de mesa e outros produtos destinados a eventos; não vai pesar tanto no seu orçamento e é a forma correta de servir.




A churrasqueira deve manter o calor e ser funcional, permitindo o uso adequado dos espetos, grelha e a chapa. Deve ser mantida abrigada do vento e próxima a uma bancada e local onde se possa lavar vasilhames e as mãos. O
acendimento da churrasqueira deve preceder o horário marcado para o evento em pelo menos 1 hora, pois o carvão tem uma lenta combustão. Além disso, o churrasco é uma iguaria que se faz lentamente, e por isso os primeiros assados a serem servidos, devem ser preparados com um pouco de antecedência à chegada dos convidados, que com certeza se sentirão mais animados ao serem recepcionados com o aroma da carne assando.

Um dos segredos do churrasco é evitar as chamas do carvão, e pode-se salpicar um pouco de água sobre o carvão;
porém nunca sobre o churrasco, pois o choque térmico pode endurecer a carne. Para o acendimento use sempre o álcool gel que é mais apropriado. O alcool líquido requer mais cuidados ao ser utilizado. Nunca use querosene, gasolina, tiner etc. pois além de passar gosto para a carne, prejudica a saúde e pode causar explosão.

Para acender a churrasqueira, primeiramente coloque um pouco de carvão, umedeça em 3 pontos diferentes com um
pouco de álcool e jogue um fósforo aceso sobre o álcool. Aguarde até que esses carvões comecem a incandescer, coloque mais um pouco carvão, abanando para que o ar propague o fogo, até ter brasas acesas. Espalhe as brasas, abane mais um pouco e terá por algum tempo o calor necessário.

Assar, significa expor a carne rápida e diretamente a uma fonte de calor. A proteína da carne, a albumina, como auto-proteção, coagula-se rapidamente formando uma camada impermeável que bloqueia a saída do sumo. A carne se contrai e fica levemente crostada. As gorduras que não coagulam neste processo, são destiladas e pingam sobre as brasas. É hora de virar o espeto, repetindo tudo de novo. A temperatura interna da carne aumenta e o sumo não se perde. A água se volatiza. Quando a carne passa do ponto, fica excessivamente seca, porque perde água demais.



O tempo que leva um churrasco para assar depende do calor da churrasqueira, das carnes escolhidas, dos cortes, da qualidade do carvão. As carnes nos espetos devem ser protegidas pela gordura ou pelo osso, por exemplo a picanha e a costela. Alguns equipamentos são imprescindíveis, outros podem ser substituídos, mas em geral é necessário: pinça para espalhar as brasas, facas afiadas, pedra para amolar quando necessário, tabua de cortar a carne, espetos largo, fino e duplo, grelha, garfo, colher, gamela ou garrafa de vinha d'alho, pinça e travessa para servir o churrasco.

Uma recomendação importante é ter faca de corte e talheres para manusear a carne crua e outra faca e talheres para servir a carne assada, isto porque, os microorganismos presentes nos alimentos ricos em proteina e com alto teor de umidade e baixa acidez, como a carne crua, serão transferidos para a carne assada.

Esse procedimento é válido também na manipulação de carnes de qualquer espécie, ovos, peixes e produtos lácteos.
As salmonelas estão presentes em 80% das carnes de aves, porco e ovos, que são destruídas quando se leva o alimento acima de 70 graus C. A salmonelose pode ser evitada lavando-se a casca dos ovos com vinagre. No caso das carnes cruas, devem ser manipuladas em área separada das carnes assadas.

Quem prepara o churrasco e manipula os alimentos deve ter uma toalha a ser usada especificamente para secar as mãos, que devem ser lavadas continuamente, evitando assim contaminar os alimentos por Staphylococcus aureus. Um pano de prato deve ser exclusivo para enxugar talheres e outros vasilhames.
Uma dica importante para lavar copos, sem ficar com manchas, é borrifar álcool enquanto estão molhados e esperar escorrer a água. Depois ao secá-los, ficarão brilhantes.

Na escolha do carvão é importante saber reconhecer o bom carvão. Existem diversas marcas e embalagens, mas os carvões feitos de madeira de acácia negra e de eucalipto são considerados os melhores, pois são homogêneos, não liberam muita fumaça, têm boa textura e rendimento, ficando portanto mais econômicos. Se o carvão produz muito pó, é quebradiço e fica disforme, não é um produto de boa qualidade.



O tempero do churrasco é o sal grosso; está na origem histórica. Meia hora antes, salgue a carne esfregando o sal em toda parte da carne. Espete a parte mais gordurosa para baixo, por exemplo, a picanha. Não se deve temperar a carne do churrasco com sal fino de cozinha, pois este adere mais à carne e pode torná-la salgada. Se não tiver sal grosso, faça uma salmoura com o sal fino e borrife periodicamente a carne, sem tirá-la do fogo. O tempo médio para a preparação de cada tipo de carne é de 30 a 40 minutos aproximadamente. As peças cortadas em postas podem reduzir esse tempo para 20 minutos.

Em geral calcula-se 400 gramas de carne + 300 gramas de guarnição por pessoa adulta. Os churrascos durante o dia podem requerer uma quantidade maior; dependendo do tipo de convidados. Jovens e adultos consomem mais; idosos e crianças consomem menos. Nos churrascos noturnos geralmente tem menor consumo. Os cortes de carnes bovinas preferidas para o churrasco são:
  • Alcatra: apesar da pouca gordura, deve ser limpa e cortada em pedaços grossos. É a forma de manter o ponto por fora e a suculência no meio da carne. Deve ser servida ao ponto ou mal passada.
  • Picanha: é macia e por ser uma carne sem músculos e de alto volume sanguíneo, é o que lhe marca o sabor característico. Ela deve ser assada em bifes grossos, e o ponto certo é o mal passado.
  • Contra-filé: é macio, tem sabor acentuado e muito suco. Deve ser assado em bifes grossos e servido ao ponto ou mal passado, sob pena de perder o suco e o sabor.
  • Maminha ou ponta de alcatra: Tem uma leve semelhança com a picanha e deve ser servida ao ponto, mal passada ou bem passada.
  • Filé mignon: é uma carne macia e gosto levemente adocicado. Para grelhar deve ser cortado em bifes grossos e servir ao ponto pois a maciez e o sumo se mantém.
  • Fraldinha: é uma carne saborosa, pouco popular. É uma carne com muita gordura e nervos, que devem ser limpos antes de ir à grelha. Não deve ser passada demais.
  • Chuleta: é uma carne saborosa mas pode ficar dura ao ser assada. Seu ponto certo é o mal passado. É entremeada de gordura que a mantém suculenta.
  • Costela: é a carne mais típica do churrasco. Deve ser limpa até se ver o osso de um lado e a carne do outro lado. A parte do osso vai primeiro à brasa e só pode ser virada quando essa parte estiver bem assada. Serve-se ao ponto.
  • As carnes de porco e frango devem ser bem passadas e colocadas mais afastada das brasas por um tempo até que tenham cozido por dentro e depois mais próximas ao fogo para crostar.
  • Os peixes devem ser colocados na grelha e não devem permanecer por muito tempo na brasa.


Ao servir a carne, para retirar o sal grosso da carne assada, dê leves pancadas com os lados da faca sobre a carne. Um churrasco requer guarnições que propiciam um paladar agradável ao churrasco, e as sugestões são: salada verde, queijo na brasa, batata-doce e beringela assada, pão de alho, polenta frita, farofa, vinagrete etc.

A quantidade de bebidas depende do tipo, do número de convidados e do tempo de duração do churrasco. Em geral em um breve churrasco para o almoço, calcula-se 4 garrafas de cervejas, 1/2 litro de refrigerante, 1/2 litro de água para cada convidado adulto. Nos churrascos noturnos, há um consumo maior de bebidas, principalmente o público jovem. Um bom churrasco no Brasil pede uma " a caipirinha ". Para manter um sabor agradável e não ficar amargo, retire a parte central do limão, amasse bastante com açucar e acrescente a cachaça e gelo.

A responsabilidade social e com o meio ambiente deve estar presente ao terminar o churrasco. Assim, tenha o cuidado de apagar o fogo; espalhe as brasas e vá salpicando água aos poucos sobre elas. Se estiver fazendo um churrasco com as brasas diretamente no chão, em um sitio ou fazenda, não vá embora sem apagá-lo. A maior parte dos incêndios nos campos começa com um fogo abandonado. Jogue água ou cubra com areia, até que tudo se apague.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A importância da aparência



É de praxe afirmar que a aparência não é tudo, mas tenha certeza de que pode ajudar muito em algumas situações. A pessoa que se apresenta desleixada passa a imagem de alguém sem amor próprio. Por isso, mesmo diante de problemas ou momentos difíceis, devemos ter cuidado com a aparência. Também é uma forma de não se entregar às situações difíceis e à depressão.

A boa aparência significa, basicamente, estar com os cabelos, unhas, dentes sempre bem cuidados. Para os homens acrescenta-se ainda a barba bem feita. Denota atenção com a higiene pessoal e nem é tão difícil assim, seja para qualquer nível social. Andar limpo, com as roupas bem passadas, não é um privilégio, é uma questão de cuidado pessoal. Sua aparência em muitos casos pode funcionar como um cartão de visitas.

Uma pessoa que vai para o trabalho pela manhã com o cabelo despenteado, a roupa e a cara amarrotada, com certeza tem menos chance de conseguir melhores oportunidades no emprego. Se surgir uma chance, com certeza será dada a outra pessoa que demonstre uma melhor aparência. Preparar-se para sair é algo que deve merecer uma atenção especial, porém evitando-se os excessos.
 


 
Saber escolher: Ter boa aparência requer bom senso na hora de escolher o que vestir. Isso implica em saber escolher o seu guarda roupa de uma forma que você possa fazer combinações básicas, sem gastar dinheiro comprando roupas todos os dias.
 
É saber conjugar com criatividade o que você tem. Por exemplo, vide a figura acima. Se você tiver apenas 1 conjunto de saia e casaco, 1 terninho e 2 blusinhas, você poderá criar um guarda roupa para usar a semana inteira, sempre combinando as peças de modo diferente e complementando com acessórios. 

Para as mulheres, a maquiagem para o trabalho deve ser sempre leve, quase natural, apenas para realçar seus traços. A maquiagem pesada não embeleza e, além de tudo, pode deixá-la com um semblante envelhecido e borrado.
 
Tanto para homens como para mulheres, os perfumes ou colônias de fragâncias suaves são os mais recomendados para o trabalho. Os perfumes de fragâncias adocicadas são mais indicadas eventos e festas à noite.

Existem situações em que nem sempre podemos atender ao nosso gosto particular, pois os códigos sociais estabelecem algumas regras que devem ser observadas. Algumas profissões exigem uma vestimenta uniforme, ou seja, igual para todos.
 
Nas situações profissionais há de se ter em mente a imagem profissional que quer transmitir. Entretanto há ocasiões em que pode prevalecer o gosto particular, desde que esteja de acordo e em sintonia com a sua personalidade.
  • O Tipo clássico é aquela pessoa que não se deixa influenciar pela moda e usa roupas básicas em qualquer ocasião. São roupas versáteis para o trabalho e que podem ser transformadas em uma roupa para uma festa ou encontro, apenas incluindo um acessório. A elegância se baseia nas formas. Também é um meio de estar sempre bem vestido sem gastar muito.
  • O Tipo Romântico, que é bem próprio das mulheres, prefere saias femininas, blusas de tecidos leves, bijouterias finas e deixa o jeans para usar somente em um passeio no campo.
  • O Tipo Perua é aquela de temperamento extrovertido, quer atrair os holofotes para si e se esmera para ser o foco de atenção. Cultiva sua feminilidade exagerando em vários pontos, além de ter preferência por roupas exóticas, floridas e alegres. Adora brilhos, dourados, prateados, bijouterias ou jóias enormes. Nada nela é discreto.
  • O Tipo Natural não gosta de babados, laços e nem muitos acessórios. É a pessoa que gosta de se sentir livre, deseja boa aparência, mas não segue modismos. Ela escolhe seu guarda roupa em cores opacas e tons vegetais, sem muitas cores estampadas. Usa acessórios de couro, talvez um brinco discreto e nada de muitas joias.
  • O Tipo Esportivo é de um temperamento simpático, que deseja ter os movimentos livres. Esta pessoa aprimora na arte de escolher as combinações, mas tem sempre uma peça que serve para coringa para combinar. Pode usar jeans e uma malha, contanto que sejam de boa qualidade. Combinando com sapatos esportivos e alguns acessórios, complementa com bijouterias que realçam o conjunto.




Dress Code: Se uma festa traz a indicação Dress Code, o traje indicado deve ser seguido criteriosamente. Isso visa nivelar os convidados e também você se sentirá muito mais vontade se estiver de acordo com o nivelamento da festa.
  • O Traje Esportivo ou Casual é mais apropriado para campeonatos, jogos, passeios no campo, ir ao cinema, a balada, aos shows. É aquele visual que não tem erro, é a cara do seu armário. Permite bermudas, camisetas e tênis, ou até chinelos conforme o caso.
  • O Traje Esporte não deve ser entendido como esportivo. É apropriado para churrascos, aniversários ou encontros informais, desde que não haja indicação do traje. Permite para as mulheres conjuntos e calças compridas, com sapatos ou sandálias com salto. Para os homens, camisa esporte de manga longa ou curta ou camisas de malha e sapatos.
  • O Traje Passeio Completo é social e permite para as mulheres conjuntos, calças compridas e camisas finas, ou vestidos de tecidos mais elaborados e finos, pantalonas e acessórios elegantes. Para os homens é o terno completo com gravata. Os ternos de tons claros são permitidos até 18 hs. À noite exige terno escuro.
  • O Traje Black-Tie indica para mulheres vestidos em tecidos nobres, longos ou curtos, permitindo brilho, jóias, bijouterias finas e exigindo sapatos de salto alto e bolsas pequenas. Para os homens, o smoking ou Summer. Geralmente é uma indicação para festas à noite.
  • O Traje de Gala exige para as mulheres vestidos longos, jóias, bolsas pequenas. Os homens podem optar pelo smoking ou casaca.
O que você quer transmitir? Apresentar-se bem vestido num evento ou numa festa demonstra consideração pelo seu anfitrião. Quem lhe convidou se sentirá prestigiado com sua presença, mas também notará que você se preparou para ir à sua festa. É uma codificação de que você considerou a festa como um evento especial.
 
Sempre quem oferece um evento tem essa expectativa: que seja algo especial para seus convidados. Portanto, atender a expectativa de quem nos convida é garantir que seremos sempre bem lembrados. Nunca esqueça de que: a beleza pode não estar nos olhos de quem contempla, porém cuide-se para que seja bem contemplado!
 
 

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Cerimonial e Protocolo



Todas as cerimônias, sejam de caráter oficial ou social, exigem um protocolo que são normas, regras de comportamento, costumes e ritos. No âmbito oficial geralmente são usadas em três níveis de governo: Federal, Estadual e Municipal. O Cerimonial é responsável pela aplicação da prática do protocolo, ou seja, de suas regras e pode ser observado desde a posse de um Presidente até na troca da guarda do Palácio de Buckingham, na Inglaterra. A diplomacia está ligada a Cerimonial e Protocolo e sem estes não poderia existir.

O cerimonial da diplomacia possui regras internacionais a serem seguidas e observadas por todos, tendo estreita ligação com a etiquêta.
A etiquêta é um conjunto de normas de comportamento social e familiar, que retrata a sociedade em cada época distinta. Também indica costumes e hábitos dos povos, como exemplo, o cumprimento dos orientais, uma inclinação para frente com a cabeça em oposição ao cumprimento ocidental do aperto de mãos.

Todo o processo de protocolo e cerimonial segue uma lógica e a maior parte das regras e ritos são estabelecidos segundo tradições e cultura dos povos. O Protocolo do Direito foi criado para a facilitação do entendimento para qualquer pessoa que conheça o cerimonial e também na distinção das funções dos profissionais em questão. Um exemplo são as becas: enquanto o promotor usa beca estilo germânico, os demais usam beca estilo francês.

O protocolo visa observar as precedências que é dada segundo a hierarquia dos cargos e sua representatividade em um evento.
No ministério brasileiro segue a precedência: * Ministro da Justiça * Ministro da Marinha e Exercito, Relações Exteriores * Ministro da Fazenda

As autoridades presentes em eventos, mesmo que não sejam oficiais e não seja anunciada sua presença, obriga a quem o recebe extra-oficialmente a dar-lhe uma acomodação em lugar de destaque e promover as apresentações. Mesmo se tratando de eventos não oficiais, a presença de autoridades em locais que não tenham qualquer vínculo com o governo, deve prevalecer a precedência federal do Decreto 70.274 de 09 de março de 1972. A amplitude das regras se estende e consagra diferenciação quanto ao sexo, idade, interesse, ordem alfábética ou cultura. Há ainda regras específicas quanto ao hasteamento das bandeiras numa cerimônia.

Na recepção de Delegação estrangeira, o cerimonial do país visitante poderá eventualmente intervir com sugestões e ou modificações que considerar relevante para a delegação. Essas sugestões são submetidas à apreciação dos organizadores, até que se alcance um consenso.


O cerimonial do país que recebe uma delegação estrangeira deve sumeter à apreciação do cerimonial do país visitante, o programa detalhado, informações sobre a hospedagem e traslados das autoridades, participação delas nos eventos, a ordem dos discursos, muitas vezes até cópia dos discursos dos demais devidamente traduzidas, cardápios do que será servido nos eventos, planos de mesa etc.


É comum, por uma questão de deferência, se acrescentar algum costume ou tradição original do país da delegação visitante, o que denota interesse e conhecimento da cultura do visitante, sendo também um princípio de hospitalidade e de atenção para com o visitante.
Também exige-se o pronome de tratamento específico apropriado.
  • Ilustríssimo Senhor (Ilmº. Sr.) - Vossa Senhoria - (V.Sª) para funcionários graduados, organizações comerciais e industriais, particulares em geral.
  • Eminentíssimo Senhor (Emmº.Sr.) - Vossa Eminência (V.Emª) para Cardeais
  • Vossa Excelência reverendíssima (V.Exª.Revmª) para Arcebispos e Bispos
  • Santíssimo Padre ou Beatíssimo Padre - Vossa Santidade para o Papa
  • Reverendo (Revdº.) para Sacerdotes, Clérigos, e Religiosos
  • Magnífico Reitor - Vossa magnificiência para Reitores de Universidades
  • Vossa majestade (V.M.) para Imperadores Reis Rainhas
  • Vossa Alteza (V.A.) para Príncipes e Princesas
  • Excelentíssimo Senhor (Exmo. Sr.) - Vossa Excelência (V.Excia) para o Presidente da República, Vice-Presidente da República, Ministros de Estado, Chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República, Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República, Chefe do Serviço Nacional de Informações, Presidentes e Membros das Assembléias Legislativas dos Estados, Governadores de Estado e Vice-Governadores, Prefeitos Municipais Secretários de Estado, Senadores, Deputados, Procurador Geral da República,Embaixadores e Cônsules, Generais e Marechais, e Meritissimo Senhor para Juízes.

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